Hoje, dia
24, é o dia de FAZER O BEM, então nos lembremos de Scott e Anya, personagens
centrais do filme “Sinos de Anya” que fizeram muito bem um ao outro
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O FILME : “SINOS DE ANYA”
Inicialmente, assistir o filme foi um momento marcado
por emoções e muitas lágrimas. É muito difícil assistir um filme desses,
repleto de sentimentos puros e sinceros, e ficar indiferente.
O filme retrata uma época de
educação seletiva onde havia espaço somente para os que tinham um desempenho
esperado, as dificuldades de um aluno eram sinônimo de exclusão. Se um aluno
não aprendia, a culpa recaia sobre a sua falta de interesse e falta de cobrança
de sua família, que não dava a devida importância à escola. E, se a não
aprendizagem não era pelos motivos anteriores, o aluno tinha problemas e a
escola não podia fazer nada por ele
Nesta época a escola não se sentia
responsável pela investigação das dificuldades apresentadas pelos alunos,
propor atendimentos diferenciados e nem mesmo admitia alguma”culpa” pelas
dificuldades dos alunos.
Esse filme nos apresentou um
cenário muito cruel onde o pano de fundo era uma escola sem nenhuma
consideração pelos seus alunos, algo para nos chocar e repensar sempre nas
nossas atitudes e ter esse filme como um exemplo a não ser seguido.
O personagem da Anya nos deu uma
lição de vida, sendo ela sim, um exemplo a ser copiado.
Além da temática ser uma
dificuldade escolar, a dislexia que ainda nos dias atuais passa desapercebida
por muitos professores pelo despreparo das nossas formações, um outro tema que ficou
muito evidente foi o da inclusão, que embora muito divulgado nos dias atuais
ainda enfrenta muitas resistências e falta de estrutura para um bom atendimento
aos alunos portadores de necessidades especiais.
Foi importante ver como os dois se
aproximaram facilmente, acredito que pelo fato de ambos terem necessidades,
isto os tornou mais sensíveis um com o outro, facilitando o relacionamento
entre eles e a preocupação mútua.
Outra dificuldade apresentada no
filme, nos reporta aos dias atuais, estruturas familiares incompletas, onde em
muitas situações não há um pai, não há avós para auxiliar nos cuidados das
crianças e em outros casos, os avós são os únicos responsáveis pelos alunos,
pois os pais estão ausentes. Scott, o personagem com dislexia no filme,
representa isso, era criado sozinho pela mãe. Acredito que se ele e a mãe
contassem com apoio do pai ou de familiares, talvez alguém pudesse ter
suspeitado das dificuldades de Scott e orientado a mãe a procurar ajuda.