terça-feira, 24 de novembro de 2015




Hoje, dia 24, é o dia de FAZER O BEM, então nos lembremos de Scott e Anya, personagens centrais do filme “Sinos de Anya” que fizeram muito bem um ao outro



CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME : “SINOS DE ANYA”

              Inicialmente, assistir o filme foi um momento marcado por emoções e muitas lágrimas. É muito difícil assistir um filme desses, repleto de sentimentos puros e sinceros, e ficar indiferente.
              O filme retrata uma época de educação seletiva onde havia espaço somente para os que tinham um desempenho esperado, as dificuldades de um aluno eram sinônimo de exclusão. Se um aluno não aprendia, a culpa recaia sobre a sua falta de interesse e falta de cobrança de sua família, que não dava a devida importância à escola. E, se a não aprendizagem não era pelos motivos anteriores, o aluno tinha problemas e a escola não podia fazer nada por ele
             Nesta época a escola não se sentia responsável pela investigação das dificuldades apresentadas pelos alunos, propor atendimentos diferenciados e nem mesmo admitia alguma”culpa” pelas dificuldades dos alunos.
             Esse filme nos apresentou um cenário muito cruel onde o pano de fundo era uma escola sem nenhuma consideração pelos seus alunos, algo para nos chocar e repensar sempre nas nossas atitudes e ter esse filme como um exemplo a não ser seguido.
            O personagem da Anya nos deu uma lição de vida, sendo ela sim, um exemplo a ser copiado.
            Além da temática ser uma dificuldade escolar, a dislexia que ainda nos dias atuais passa desapercebida por muitos professores pelo despreparo das nossas formações, um outro tema que ficou muito evidente foi o da inclusão, que embora muito divulgado nos dias atuais ainda enfrenta muitas resistências e falta de estrutura para um bom atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais.
          Foi importante ver como os dois se aproximaram facilmente, acredito que pelo fato de ambos terem necessidades, isto os tornou mais sensíveis um com o outro, facilitando o relacionamento entre eles e a preocupação mútua.
         Outra dificuldade apresentada no filme, nos reporta aos dias atuais, estruturas familiares incompletas, onde em muitas situações não há um pai, não há avós para auxiliar nos cuidados das crianças e em outros casos, os avós são os únicos responsáveis pelos alunos, pois os pais estão ausentes. Scott, o personagem com dislexia no filme, representa isso, era criado sozinho pela mãe. Acredito que se ele e a mãe contassem com apoio do pai ou de familiares, talvez alguém pudesse ter suspeitado das dificuldades de Scott e orientado a mãe a procurar ajuda.

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