domingo, 17 de julho de 2016





BRINCAR É IMPORTANTE PORQUE...
            Brincar é importante porque faz parte da natureza do ser humano, se nos questionarmos se gostamos de brincar, dificilmente alguém responde de forma negativa esta pergunta. Quando olhamos a nossa volta e vemos crianças, normalmente as vemos brincando.
            As atividades lúdicas sejam brincadeiras, jogos, brinquedos virtuais ou concretos está presente na história do desenvolvimento da humanidade. Nas pesquisas com esta temática encontram-se relatos da existência do lúdico desde os tempos mais remotos.
            No texto “O imaginário, o real e o simbólico” do acervo desta interdisciplina há uma citação “Vasconcelos (2006)” que informa que no Museu Britânico, em  Londres; possui um acervo de brinquedos de mais de cinco mil anos. Também nos informa que no Piauí, no nosso Brasil, nas cavernas de São Raimundo Nonato há figuras que representam brinquedos ou brincadeiras de mais de dez mil anos, ou seja, o ato de brincar é antigo, permanente e atual. Com certeza sem não fosse algo prazeroso e que contribuísse para o desenvolvimento do ser humano, já teria sido substituído nesses anos todos.
            Algumas vezes temos a curiosidade de saber com eram os brinquedos e as brincadeiras de nossos avós e de nossos pais e, ao pesquisarmos, nos damos conta de que algumas nós também utilizamos igual como era ou, com algumas diferenças. Também gostamos de reproduzir brincadeiras antigas com nossos filhos ou alunos. Em quase todas as escolas temos a presença do “Jogo de Amarelinha” e as crianças adoram. Assim como nós adorávamos. Enfim, a criança brinca e se diverte, independente da brincadeira e do tempo da brincadeira.
            A partir disso fica fácil perceber como é importante e vital para o desenvolvimento do ser humano. Brincando a criança exercita papéis que poderá exercer no futuro, através dos jogos consegue tolerar suas frustrações no ganhar e perder e, no cumprimento de regras a ajuda a compreender a importância do auto controle e o respeito às normas nas relações interpessoais.
            No texto “Brinquedos com Vida” do acervo desta interdisciplina, a matéria citada da Revista Nova escola apresenta dicas e sugestões de que brinquedos utilizar nas representações do mundo adulto para as crianças, um exemplo é propor a boneca para meninos e meninas, pois os meninos serão pais e precisam exercitar o cuidado.
            Estudos científicos apontam que crianças que brincam se tornam adultos mais felizes e menos violentos. Como lemos na pesquisa do professor Brown com assassinos.  
Brincadeiras ”livres” são fundamentais para adaptação social, controle do estresse e construção de habilidades cognitivas e capacidade de solucionar problemas. Pesquisas sobre o comportamento animal confirmam os benefícios da brincadeira e estabelecem sua importância evolucionária: brincar pode fornecer aos animais –incluindo humanos- habilidades que ajudam na sobrevivência da espécie.  (Brincar é coisa séria.pdf)

            Brincar é uma necessidade fisiológica tão importante quanto o alimentar-se, vestir-se e cuidar-se. Brincando o cérebro infantil molda-se para os problemas e desafios da vida adulta. Além disso, com as brincadeiras melhoram a coordenação motora, aumentam a velocidade do raciocínio lógico, facilitam  a formulação de conceitos abstratos e promovem o gasto calórico, evitando a obesidade e o sedentarismo que são muito prejudiciais para a saúde.
            Brincando a criança tem a oportunidade de interagir com outras crianças e com o seu meio, tornando-se um indivíduo mais feliz. Pode realizar descobertas que estimularão seus estudos no futuro.
            O lúdico pode , em alguns casos, se traduzir numa profissão que a criança poderá ter no futuro, pois os jogos e as brincadeiras permitem que a criança exercite suas preferências e descubras suas habilidades e potencialidades para alguma área específica, seja ela no campo desportivo ou científico.
            Concluindo, quando se brinca pelo prazer de brincar, estamos trabalhando conteúdos emocionais com os nossos alunos. Portanto brincar nunca será desperdício de tempo ou de aprendizados.         


Comentário sobre Dislexia



fonte: www.filmnow.com
 
Ao finalizarmos a interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem foi nos sugerido que assistíssemos o filme: “ Como Estrelas na Terra – Toda Criança é Especial”;  embora eu já tivesse assistido esse filme no primeiro semestre, o assiti novamente, pois é muito bom nos emocionarmos  e principalmente fazer reflexões sobre a nossa prática.
Esse filme tem como cenário uma família indiana que tem um filho (Ishaan Awasthy) de 9 anos com Dislexia, mas a mesma não conhece o problema e, pior a escola do menino também não; então ele é visto como um menino travesso que não tem interesse pela escola. Em razão disso ele repete o 3º Período e sua família, como forma de puni-lo o matricula numa escola internato. Nesta escola, a história vai se repetindo até que ocorre a substituição de um professor de Arte ( Ram Shankar Nikumbh) que reconhece no estudante a dificuldade, uma vez que ele próprio teve as dificuldades de aprendizagem de Ishaan e resolve ajudá-lo.
Felizmente o professor o ajuda ele se tornou um orgulho para a escola e sua família. Essa foi uma história com final feliz. No entanto nas nossas escolas nem sempre é assim, ainda vemos alunos com Dislexia que não tem um olhar diferenciado na escola e por seus professores. O aluno que tem Dislexia não pode ser avaliado da mesma forma ele tem o direito de ter avaliações alternativas e uma das formas que auxilia muito é a avaliação oral, porque não é que o aluno não compreenda o que foi ensinado, ele apenas não consegue expressar na forma gramatical; sua dificuldade está na escrita.
O aluno com Dislexia aprende, apenas precisa de tempos diferentes e de metodologias diferenciadas no ato da avaliação.
O Filme é uma lição de vida e nos sensibiliza para a importância que temos na vida dos nossos alunos e quanto podemos contribuir de forma positiva ou negativa na construção do conhecimento de nossos alunos.
É uma responsabilidade enorme, mas proporcionalmente a gratificação também é enorme.

domingo, 10 de julho de 2016

Sugestões de Lendas, Parlendas e Trava-línguas

Ao concluir os estudos sobre outras formas de ver a literatura além dos contos de fadas, apresento sugestões muito interessantes para despertar o gosto pela leitura em nossos alunos:



Exemplos de Lendas:
1-      Boitatá
2-      Mula sem cabeça
3-      Cuca
4-      Lobisomem
5-       Iara
Fonte:http://abracadabrafantoches.blogspot.com.br/2010/07/as-10-lendas-mais-conhecidas-do.html

Exemplos de Parlendas:
1-      um, dois, feijão com arroz, três, quatro, feijão no prato, cinco, seis, chegou minha vez, sete, oito, café com biscoito, nove, dez, comer pastéis.
2-      Chuva, choveu
Goteira pingou
Pergunte ao papudo
Se o papo molhou.
3- Chuva e Sol,
Casamento de espanhol
Sol e chuva
Casamento de viúva.
4 - O macaco foi à feira
Não teve o que comprar
Comprou uma cadeira
Pra (nome da pessoa) se sentar
A cadeira esborrachou
Coitada(o) (nome da pessoa)
Foi parar no corredor.
5- Rei, capitão,
soldado, ladrão.
moça bonita
Do meu coração.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/parlendas.htm
 
  Exemplos de Trava-línguas:
1- O doce perguntou pro doce
Qual é o doce mais doce
Que o doce de batata-doce.
O doce respondeu pro doce
Que o doce mais doce que
O doce de batata-doce
É o doce de doce de batata-doce.
2- Olha o sapo dentro do saco
O saco com o sapo dentro,
O sapo batendo papo
E o papo soltando o vento.
3- A aranha arranha a rã.
A rã arranha a aranha.
Nem a aranha arranha a rã.
Nem a rã arranha a aranha.
4- O peito do pé de Pedro é preto.
Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto,
tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.
5- O rato roeu a roupa do rei do Roma.
Rainha raivosa rasgou o resto.
Fonte: http://www.alzirazulmira.com/trava.htm




Contos de Fadas Modernos


Na interdisciplina de literatura o estudo dos contos de fadas nos proporcionaram aprendizados e reflexões sobre a a criação e a autoria dos contos de fadas.
A partir da leitura do texto: "Encantos para sempre" disponibilizado nas aulas 6 e 7, concluiu-se que os contos de fadas são a transcrição de histórias contadas por pessoas do povo, anônimas e que ficaram sem reconhecimento. São obras coletivas com a participação de várias pessoas, sendo contadas oralmente, tendo tido algumas modificações de acordo com quem as contava, resultado de memória narrativa de algumas pessoas. A partir disso algum escritor se apropriava da história contada para escrever sua obra e a intitulava como sua própria autoria.
Segundo a autora, as pessoas contam histórias para entender sua passagem pelo mundo, perceber na existência uma lógica para os fatos ocorridos ou acontecimentos do cotidiano. A história reflete a forma como autor compreende os fatos e acontecimentos de sua época e, assim se utiliza de elementos para tentar reproduzir conceitos e situações peculiares ao local ou a época em que vive.
E refletindo sobre conceitos e peculiaridades de uma época, sugiro a leitura do livro abaixo que nos traz uma abordagem modernizada e repaginada de alguns contos de fadas conhecidos por muitas pessoas.



terça-feira, 5 de julho de 2016

SUGESTÕES DE FILMES QUE ABORDAM A MÚSICA E O SURDO

Filme: Mister Holland's Opus (O Adorável Professor) é um filme de drama biográfico e foi realizado no ano de 1995 por Stephen Herek.

No elenco principal os atores Richard Dreyfuss, Glenne Headly e Jay Thomas. (Wikipédia)

Este filme nos dá uma ideia de Educação Inclusiva pela  temática abordada na qual temos a presença do surdo e sua relação com a música.
Neste filme o professor Glen Holland é um músico e compositor que está vivendo o sonho de ser famoso através da música. Enquanto o seu sonho não se concretiza decide dar aulas de música por um período de 04 anos, para ter um ganho financeiro. Se depara com alunos sem muita aptidão musical e que não demonstram vontade em melhorar seu desempenho. Com o tempo e com a notícia de sua esposa grávida seu sonho vai ficando mais distante e tem que aumentar sua meta de trabalho para mais alguns anos.
Com o tempo Holland estabelece uma ligação afetiva com os seus alunos e percebe um crescimento no aprendizado musical destes. A partir do nascimento de seu filho o trabalho lhe envolve ainda mais, pois com a descoberta de que seu filho é surdo, opta por deixar a educação dele com a sua esposa, fazendo com que o filho sinta muito sua ausência.
Ao perceber a insatisfação do filho pelo seu comportamento distante, Holland propõe um concerto musical na escola do filho. O filho será o regente da orquestra com o palco adaptado para surdos, painéis luminosos e intérprete de sinais. A partir daí o vinculo entre pai e filho melhora muito.
Decorrido alguns anos, a escola precisa cortar algumas despesas e retira da grade curricular a disciplina de música. Com a sua saída seus alunos resolvem homenageá-lo com um conserto  musical onde ele será o maestro.
Um filme emocionante que mostra a luta de um pai diante das dificuldades de seu filho e os laços de afetividade que podem ser estabelecidos na relação professor e aluno.



https://www.youtube.com/watch?v=QPRrZTP42js


Filme: Children of a Lesser God (Filhos do Silêncio)  é um filme drama romance de 1986 dirigido por Randa Haines.
No elenco principal os atores Wilian Hurt, Marlee Mattlin e Piper Larie. (Wikipédia)

Este filme nos retrata um tema bastante recorrente nas escolas nos dias atuais, a inclusão. Neste caso um professor  Jonh Leeds procura utilizar de métodos diferenciais para trabalhar com os alunos com deficiência auditiva. Ele tenta ensiná-los a falar foneticamente por meio da música para se integrarem melhor na sociedade. Com o tempo conhece na escola uma ex aluna e agora funcionária, que é surda não gosta de se comunicar de forma oral, pois entende que se as demais pessoas não se empenharam em conhecer  a língua de sinais para se comunicar com ela, não se sente obrigada a ser oralizada para falar com os demais. Também não gosta muito de interagir socialmente, pois na adolescência foi desrespeitada por amigos de sua irmã, que aproveitaram-se do fato dela não poder falar o que fizeram
Com o tempo o interesse do professor vai aumentando por Sarah, ela se torna seu maior desafio e ele resolve utilizar a música para ensiná-la. A aproximação entre os dois desperta uma forte paixão. A dedicação por sua amada consegue excelentes resultados na mistura da música com a dança e com a percepção das vibrações.
Sarah demonstra que ser respeitada e tornar-se independente.
Mais uma vez o professor fazendo a diferença na vida de seus alunos.





https://www.youtube.com/watch?v=XvrIV-KF3to

ADAPTAÇÃO DO CÉREBRO PARA SENTIR A MÚSICA




Nos dias atuais muitos estudos estão sendo realizados para descobrir como o cérebro dos surdos sentem a música. Nestas pesquisas descobriu-se que o cérebro dos surdos usa a parte da “audição” para sentir o toque e ver objetos. Mostra que as pessoas surdas usam o córtex auditivo para processar tanto toque e estímulos visuais muito mais do que os indivíduos que ouvem.


Imagem do córtex auditivo

“Esta pesquisa mostra como o cérebro dos surdos é capaz de se religar de maneira dramática”, disse Dr. James Battey, Jr., diretor do Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios de Comunicação, “Isso vai ser de grande interesse para outros pesquisadores que estão estudando o processamento multissensorial no cérebro”.

fonte:
https://biosom.com.br/blog/saude/o-diferente-cerebro-dos-surdos

As pessoas surdas sentem vibrações na região do cérebro que pessoas sem essa deficiência utilizam para ouvir, o que ajuda a explicar como músicos surdos podem sentir a música e como pessoas surdas podem apreciar concertos e outros eventos musicais. A percepção das vibrações musicais dos surdos é tão real quanto seu equivalente sonoro, por ambos serem processados na mesma região cerebral responsável por identificar as vibrações.
O Dr. Dean Shibata, professor de Radiologia  na Universidade de Washington fez uma pesquisa onde utilizou a Ressonância Magnética Funcional para observar o cérebro quando recebe estímulos ou vibrações. Nesta pesquisa ele teve como colaboradores 10 pessoas surdas e 11 pessoas com audição normal que foram submetidos a vibrações intermitentes das mãos e neste momento ele escaneava seus cérebros para detectar atividade na região cerebral responsável por processar as vibrações. Ele concluiu que todos apresentaram atividade co córtex auditivo, no entanto no grupo dos surdos a atividade foi mais intensa do que no grupo com audição normal.
Concluiu que a região do córtex auditivo assume uma função diferente na ausência de audição, adaptando-se para ouvir a música.
Essa pesquisa indica que se uma criança tem contato com música, isso pode estimular seus centros de música no cérebro e contribuir para o seu desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e socioafetivo.

fonte:
http://emedix.com.br/not/not2001/01nov27neu-uw-bod-surdez.php