terça-feira, 12 de janeiro de 2016


REFLEXÕES CRÍTICAS

      Ao concluir os meus estudos da interdisciplina “Infâncias de 0 a 10 anos”, posso dizer que na minha avaliação o meu aprendizado também foi de “0 a 10”.
     Iniciamos os nossos estudos nesta interdisciplina conceituando a Infância, etapa esta que é essencial na formação do indivíduo, pois é nesta fase que molda os hábitos alimentares, os comportamentos frente às situações adversas e reconhecerá nos adultos boas e más atitudes. Dando sequência aos estudos identificamos a presença de crianças na mídia que pela sua ingenuidade são utilizadas para aumentarem os lucros de empresas. Também dentro dessa temática, as crianças são alvos fáceis da mídia que cria na criança o desejo por ter alguns objetos e seus pais são praticamente forçados a comprar, porque do contrário a criança ficará em sofrimento.
      Ainda estudamos que na infância pós moderna, os alunos das nossas escolas estão inseridos num mundo tecnológico bem distinto do que aquele que vivemos na nossa infância. Os alunos estão inseridos num mundo tecnológico adquirido pela família ou tem acesso através de vizinhos, parentes ou até mesmo na escola, quando esta possui Laboratório de informática educativa.
      Os alunos  são inseridos num ambiente tecnológico onde as necessidades são criadas a partir da divulgação do produto, até o momento que não se tem acesso não é necessário, depois de conhecê-lo, se faz necessário sua aquisição e a aquisição, muitas vezes é determinada pela marca do produto, não pela sua utilidade. Se alguma figura de destaque na mídia o tem, serei de destaque se o possuir.
       Por isso, a escola tem um papel importante nessa infância pós moderna de encontrar um espaço para desenvolver indivíduos capazes e felizes, onde o ser tenha supremacia ao ter. As marcas dos materiais escolares não podem ter mais valor do que o comportamento individual dos alunos.
     O comportamento individual de cada aluno vai ser o resultado de sua educação, dos valores que receber no decorrer de sua formação, desta forma é muito importante que conviva num ambiente saudável e adequado.
     Se a criança frequentar ambientes que promovam a erotização infantil vai queimar etapas do seu desenvolvimento. Expor à criança num universo adulto, despertando a sexualidade, estimula o desenvolvimento precoce de um comportamento adulto. Além de ser imoral, contra a lei, trará prejuízos ao desenvolvimento sadio daquela criança.
      O mais grave que observamos nessas situações é que quem se utiliza da imagem angelical e carismática de uma criança, muitas vezes, é a própria família, a instituição que deveria ser responsável por protegê-la. 
     Quando falamos em proteger a criança também não podemos deixar de mencionar que a exploração não se dá somente através da erotização, mas também no uso da imagem da criança em benefício próprio.
      É inegável que a figura meiga e cativante de uma criança atrai os olhares de todos e por esta razão é muito mais fácil vender um produto veiculado à imagem de uma criança. Na Infância Soft este mecanismo é estudado para tenhamos clareza dessa utilização inadequada do poder de sedução de uma criança.
     Precisamos estar atentos a isso para não comprar uma fralda ou qualquer outro produto, em função de vermos no rótulo um bebê com aparência bonita e saudável, a fralda tem uma finalidade para ser usada, sendo a da embalagem com a figura da criança ou não, a sua finalidade é a mesma.
      Os adultos são responsáveis por oferecerem cuidados adequados a infância, mas muitas vezes, as preocupações com dinheiro, trabalho, economia, política, diversidade religiosa, não permite que as crianças ocupem um papel relevante na sociedade moderna.
     Uma abordagem interdisciplinar sobre este assunto é importante para que os pais possam perceber que as necessidades que eles determinam para os filhos, nem sempre é a necessidade que as crianças efetivamente têm.
     Em alguns momentos, precisam trazer os filhos para uma conversa, explicar as suas dificuldades e dar um espaço para que as crianças manifestem os seus desejos, seus pensamentos, suas opiniões e juntos possam definir o que é relevante para eles no momento. Em alguns casos, os pais trocam uma idéia com o colega de trabalho e descobrem a necessidade do filho do colega e saem apressadamente em busca de outro emprego com melhores salários, com uma jornada de trabalho maior para oportunizar que seu filho  tenha o que o filho do colega tem, sem ao menos perguntar ao seu filho se era realmente isso que ele precisava, pois como ampliaram a jornada de trabalho e quando chegam em casa, seus filhos já estão dormindo.
      Ficam tão absorvidos por seus pensamentos, que não compartilham com seus filhos, não oportunizam a integração da criança com o mundo das famílias, ficam com num mundo a parte.
      O pensamento dos adultos precisa sair do macro, onde suas preocupações estarão focadas em dinheiro, trabalho, religião, política, diversidade  na sociedade e focar seu pensamento no micro onde esses estudos precisam estabelecer uma ligação de que forma esses estudos serão determinantes ou não para as crianças , que conseqüências trarão para sua realização profissional no futuro, na felicidade de suas famílias, enfim não pode ser desvinculada do universo das crianças, precisa estar conectada em uma relação de importância igual o adulto não é mais importante que a criança e a criança não pode dominar o pensamento dos adultos.
    Para que a criança tem uma infância plena é importante que receba os cuidados necessários e tenha um espaço para brincar. O brincar na infância tem um significado muito importante para a formação do adulto que se transformará. A brincadeira escolhida pela criança e o seu comportamento frente às dificuldades na brincadeira serão uma amostra de seu comportamento no futuro.
     A brincadeira deve permear toda a infância, mas principalmente ser estimulada a parti da educação infantil para propor desafios e descobertas à criança que contribuirão para o seu aprendizado e seu desenvolvimento psico-social.
    A Educação Infantil deve ser um espaço lúdico, onde a criança é atendida e ter uma preocupação com a formação da criança que está inserida nesta etapa de escolarização.
    A partir das citações, o meu aprendizado nesta interdisciplina teve uma evolução grande, obtive muitas informações novas, ampliei o meu vocabulário e  conceitos  novos no estudo da infância.




A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA INFÂNCIA E NA EDUCAÇÃO INFANTIL

          O brincar na Infância tem uma importância muito significativa para o desenvolvimento da criança e do adulto que esta irá se transformar. A brincadeira de uma criança pode dar indicativos da profissão que irá seguir, da forma como se comportará no ambiente de trabalho, das relações que estabelecerá com outros indivíduos.
            Quando remeto meus pensamentos à infância, lembro claramente de mim mesma brincando com as crianças da vizinhança e primos. A minha brincadeira preferida era de escolinha, onde eu era a professora e também gostava muito de brincar de cantora, fazia um “Cassino do Chacrinha” e lá ficava eu cantando. Duas importantes características que hoje são instrumentos de trabalho, pois aquela imagem de mim ensinando outras crianças começou a ser meu ideal de futuro e a brincadeira de cantora favoreceu a minha desinibição, o trato com o público, enfim eu estava a frente de pessoas que paravam para me ouvir, tal como hoje eu diante dos meus alunos. Da mesma forma que naquela época eu queria agradar, encantar, hoje tenho esse desejo de encantar os alunos e que estes me ouçam.
           Quando eu era criança, a escola infantil não fazia parte da realidade das crianças da época. Quando os pais trabalhavam fora as crianças ficavam aos cuidados de parentes ou vizinhos. As creches ainda eram num número pequeno e sua preocupação era mais de cuidadoria.
           Neste período da minha vida as famílias eram numerosas e, portanto havia muitas crianças para brincarem na rua ou no quintal das casas, uma vez que não havia a violência tão explicita como nos dias atuais.
           Atualmente, às famílias têm poucos filhos, a violência afasta as crianças de ambientes externos e estas ficam então sendo “cuidadas”, por longas horas, pela televisão.
          É muito positivo a existência de escolinhas infantis para que a criança tenha oportunidades de interagir com outras crianças e até mesmo conhecer brincadeiras, pois com tanto apelo eletrônico as brincadeiras que desenvolvem a parte motora da criança  ficam em segundo plano.