domingo, 15 de dezembro de 2019

                                                ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS

As arquiteturas pedagógicas não se confundem com as formas adotadas nos livros didáticos, que, via de regra, apresentam demandas cognitivas elementares na forma de exercícios repetitivos, fechados e factuais. As arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores, embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza. A ação dos professores tem como exigência a pesquisa, o registro e a sistematização ao planejar e avaliar as experiências de aprendizagem para seus alunos.
(Arquiteturas pedagógicas  para educação a distância de Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné  Silva de Menezes)

A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação nos apresentou os grandes teóricos que provocaram grandes mudanças na educação e nos mostrando a arte de ensinar.
Os objetivos da interdisciplina eram:
  1. Refletir criticamente sobre o impacto de práticas pedagógicas sobre os processos de ensino e aprendizagem;
  2.  Conhecer diferentes pensadores educacionais e suas contribuições para a Didática;
  3.  Compreender as bases e implicações de propostas pedagógicas integradas, especialmente para o planejamento;
  4.  Planejar atividades pedagógicas em uma perspectiva de propostas pedagógicas integradas;
  5.  Analisar as práticas avaliativas do trabalho docente e compreender os efeitos e consequências da avaliação. 

Os quais foram atingidos com êxito.
Houveram momentos de estudo de situações problemas que ocorrem no cotidiano das escolas onde tínhamos que apresentar soluções, nos remetendo às vivências das escolas, com aporte da fundamentação teórica dos estudiosos da educação.
Desta forma, tivemos recursos para desenvolver a habilidade do planejamento escolar e verificar sua importância para as rotinas escolares.
Podemos vivenciar os estudos sobre o trabalho integrado das disciplinas e suas vantagens para as aprendizagens dos alunos, uma vez que o ser humano é único e não é fragmentado e compartimentado como o estudo por disciplinas como se fossem "Gavetas" para guardar o conhecimento.
E parafraseando Maria Montessori, descobrimos que o potencial de aprender está em cada de um nós, por isso, temos que valorizar o nosso aluno.
Estudamos a Pedagogia dos projetos para poder trabalhar diferente na sala de aula e aprendemos que a avaliação nunca deverá ser classificatória, deverá ser um norteador dos progressos dos alunos e  um recurso para percebermos se estamos no caminho certo ou que devemos mudar na nossa forma de trabalhar.
E ficamos diante das novas ferramentas de trabalho hoje conhecidas com "Arquiteturas Pedagógicas" para nos subsidiar na inserção da escola do futuro onde os aprendizes são os protagonistas e os professores os articuladores desse processo.



                                                        NUVEM DE PALAVRAS

Uma das ferramentas aprendidas no curso chamada "Nuvem de Palavras" me proporcionou descrever de forma artística o sentimento que ficou com a formação do curso de Pedagogia.
Amei demais fazer o curso porque  a Pedagogia me fez crescer enquanto professora e me trouxe uma nova forma de ver o meu aluno. Estar em constante formação e aprimoramento deve ser o papel do professor para que ele possa auxiliar o seu aluno.
O curso me proporcionou o conhecimento sobre perceber que eu devo ser apenas coadjuvante e o meu aluno sempre será o principal e os recursos necessários para isso são:
Ludicidade,
Matemática
Educação,
Tecnologias,
Formação,
Arte,
Criatividade,
Linguagens,
Metodologias,
Participar de Seminário Integrador,
Inovação,
Aprendizagem,
Escrever em blog e em pbwork,
Fazer um estágio para rever a prática e
Escrever um TCC para mostrar o suporte teórico que fundamenta a nossa prática.


                                INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS

O professor precisa estar ciente de que é necessário mudar e inovar para adequar o seu trabalho às propostas educacionais da sociedade atual. O estudante de hoje não pode mais ser um indivíduo passivo que recebe informações de seu professor e vai acumulando-as no decorrer dos seus anos escolares. O aluno deve ser um agente atuante e transformador na sociedade e para isso é necessário que a escola se atualiza e busque inovar.
Um importante recurso que está a disposição do professor nos dias atuais para colaborar com as mudanças que se fazem necessário é a tecnologia.
No entanto somente a tecnologia não é suficiente, é necessário mudar a postura do professor frente a sua metodologia de trabalho, de nada vai adiantar trazer para a escola um aparato tecnológico e não inovar na sua metodologia.


Este vídeo é um exemplo que ilustra qual não deve ser a postura do professor com os incrementos tecnológicos disponíveis na escola.
Neste vídeo o gestor da escola comunicou a professora de que a escola se modificaria e teria a disposição novos recursos tecnológicos, mas não ofertou formação adequada à professora para que esta pudesse rever sua metodologia de trabalho e utilizar esse recurso como um aliado para agregar novas aprendizagens aos alunos.
Devemos ficar atentos para não sermos abduzidos pelas "luzinhas" das tecnologias. A tecnologia é uma importante ferramenta que contribuí com a dinamização das aulas, atraí o interesse dos alunos e oportuniza maneiras diferentes de aprender os conteúdos, mas é importante saber utilizá-la com esta finalidade e não apenas como elemento decorativo nas escolas, como foi o caso da escola mostrada no vídeo.
O primeiro passo é a formação continuada dos professores, a aceitação das mudanças na escola e por fim o domínio das ferramentas tecnológicas.
É importante fazer diferente, mas sobre tudo fazer a diferença  com os alunos.
A tecnologia deve ser um meio para que o aluno se envolva com o processo educacional e busque ampliar seus conhecimentos, não pode ser apenas um instrumento atrativo para manter o aluno estático, sem desenvolver seu pensamento reflexivo e construtor do seu processo de aprendizagem.
A tecnologia é para revolucionar, reinventar e não apenas enfeitar.



INVERSÃO DE PAPEIS



Fragmento do texto de  Mudando a Educação com metodologias ativas de José Morán

A escola padronizada que avalia e vê todos de forma igual sem respeitar as suas diferenças está relegada ao passado, precisamos nos apropriar das metodologias ativas que nos apontam caminhos diferentes e trabalham com novas perspectivas onde o professor não tem mais um lugar de destaque e, no qual todos ficam aguardando suas instruções, sem questionar e assumindo a postura de resignação como se o professor fosse o detentor do conhecimento e somente ele pudesse repassar aos seus alunos.
Hoje os alunos já tem sua bagagem de conhecimentos e chegam na escola para compartilhar os saberes.
O primeiro ponto é o professor sair de sua zona de conforto e sair do papel de detentor do conhecimento e assumindo o papel de mediador. Para que isso ocorra a escola atual precisa ser disruptiva com a escola tradicional onde há uma inversão de papéis , ou seja, sala de aula invertida na qual o professor instiga o aluno a buscar e demonstrar conhecimentos. O aluno recebe metas e responsabilidades no processo de construção do conhecimento, tendo um papel ativo e perdendo a condição de passividade na qual absorvia tudo o que o professor repassava.
Essa proposta de ensino coloca o aluno em contato com o conteúdo antes da aula começar e até mesmo fora do contexto escolar.
Esse modelo de ensino se diferencia do modelo convencional onde o saber estava centrado na figura do professor, modelo este que não tem mais espaço na sociedade moderna, uma vez que esta exige sujeitos críticos, autônomos e com capacidade para resolução de problemas.




                                                             O PAPEL DO PROFESSOR

O texto sugerido na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação "O contexto da prática avaliativa no cotiano escolar" de Lucinete Ferreira apresenta um destaque ao papel do professor que elucida qual deve ser o papel do professor nos dias atuais:

É necessário que o professor tome consciência de que seu papel mudou, ele deve ser o fomentador das aprendizagens, deve proporcionar recursos e estratégias para que seu aluna produza seu conhecimento, realize descobertas, dialogue com seus colegas e teça conclusões sobre o que aprendeu.
O professor vai articular todo esse processo e terá apenas um papel coadjuvante, enquanto o papel principal será do aluno, a partir da realização do inventário de conhecimentos realizados com a turma se fará o elenco das proposições a serem discutidas e debatidas por todos, para que cada um agregue saber para o coletivo da turma.
Desta forma a aprendizagem é um processo coletivo, onde todos participam e o professor conduz esse processo.
Para que isso se efetive na prática se faz necessário remodelar os processos avaliativos na escola, onde a avaliação será contextualizada e terá a participação de todos que compõem a comunidade escolar, incluindo gestores, coordenação pedagógica, professores, famílias e não apenas o aluno com o preenchimento de formulários de perguntas e respostas objetivas sem demostrar reflexão e crescimento do mesmo.
A partir dos resultados demonstrados pelos alunos o professor também terá indicadores do seu trabalho e poderá definir as premissas de suas ações futuras, visando a melhoria no aprendizagem de seus alunos e passando para os responsáveis as necessidades de implantação de recursos ou serviços que contribuam para o êxito do coletivo.
                                                           CRIATIVIDADE X INOVAÇÃO

Os conceitos "criatividade" e "inovação" são indissociáveis, no entanto não são sinônimos. Os autores Duaibili & Simonsen Jr. distinguem-os afirmando que "A criatividade é a faísca, a inovação é a mistura gasosa. A primeira dura um pequeno instante, a segunda perdura e realiza-se no tempo. É a diferença entre inspiração e transpiração, a descoberta e o trabalho". Normalmente, a criatividade é um processo individual, nasce da ideia que surgiu na cabeça de alguém, enquanto a inovação é um processo coletivo, que deve ser trabalhado em grupo e conduz coletivamente a uma mudança de percepção. Por isso, se diz que determinada pessoa é criativa e a empresa "xyz" é inovadora.
Não existe inovação sem criatividade, pois a inovação é a aplicação prática da criatividade, ou seja uma ideia resultante de um processo criativo, só passará a ser considerada uma inovação, caso seja realmente aplicada, caso contrário é considerada apenas uma invenção. Citando Larry Hirst (um dos antigos Chairmen da IBM), "Invenção é transformar dinheiro em ideias, inovação é transformar ideias em dinheiro". Inovação tem, pois, este carácter de concretização, que só assim poderá gerar criação de valor. O conceito de criatividade é aplicável fora do contexto empresarial, podendo ser utilizado para caracterizar, por exemplo, os indivíduos na sua esfera não profissional.
fonte:      https://pt.wikipedia.org/wiki/Criatividade em 15/12/19

Como citado acima "Não existe inovação sem criatividade" eu me utilizei da inovação construindo jogos para computador para trabalhar com a minha turma de estágio. Os jogos foram uma inovação, pois ninguém na escola conhecia e os alunos nunca tinham jogado os jogos que eu trouxe. Os jogos foram de minha autoria, sendo sua construção realizada através da ferramenta do Power Point e o mecanismo da construção eu aprendi num curso de Especialização ofertado pela UFRGS intitulado "Informática Básica para Professores". Para o desenvolvimento do jogo eu utilizei a tecnologia e o tema foi o conteúdo que eu estava trabalhando em aula sobre As Plantas. As crianças gostaram muito de ter jogado o jogo e o meu objetivo relacionado a aprendizagem foi alcançado pois aprenderam com êxito o conteúdo proposto.
Exemplo do jogo que foi trabalhado:






sábado, 14 de dezembro de 2019

                                                                   CRIATIVIDADE

A criatividade sempre foi algo muito difícil para mim.Sempre tive um comportamento conservador , não dando muito espaço para a minha criatividade poder florescer. Sempre preferi as atividades mais mecânicas e repetitivas, as que os demais iniciavam e só as concluía, porque neste momento já estava tudo determinado como deveria se feito.
E a medida que o tempo foi passando ainda mais a ideia de que  eu não era criativa ficou mais forte. Mas ter assistido o vídeo "O que é Criatividade" da professora Ilíada de Castro me fez descobrir que a criatividade não é algo genético que nasce com a pessoa ou não nasce. O indivíduo precisa trabalhar para aflorar a sua criatividade. Eu reconheço que eu não busquei estratégias para melhorar isso em mim, eu acabei me acomodando e não fiz nenhum investimento para melhorar isso.No entanto, eu descobri alguns conceitos novos para a criatividade que eu não conhecia, como por exemplo, quando ela define o criativo como o sujeito que encontra soluções para um novo ou velho problema, essa qualidade eu tenho, procuro encontrar soluções para os problemas que eu tenho que solucionar; também num determinado ponto do vídeo a professora fala que nós temos a ideia de que só as grandes personalidades são criativas, se observarmos bem pessoas comuns são bem criativas e tem que solucionar muitos problemas.
Os ensinamentos da professora me fizeram entender que nós bloqueamos a nossa criatividade, nos sabotando a si próprios e se auto intitulando "Eu não sou criativo".
E fiz isso durante muito tempo, agora estou tentando fazer algo diferente e, como diz no vídeo "olhar a mesma paisagem, mas com um olhar diferente".
Quando eu ouvi no vídeo uma das causas que bloqueia a nossa criatividade "É proibido errar" eu logo associei a mim mesma, pois sempre criei esta regra para mim ficando muito decepcionada comigo mesma sempre que eu errava. Sempre fui compreensiva com os outros, mas muito exigente comigo mesma. Hoje já tenho um pouco mais de flexibilidade para entender que ninguém está buscando o erro, ele acontece e , muitas vezes, pode ser resultado para um possibilidade de acerto.
Sempre fiz questão de acreditar que eu a tinha a resposta certa para tudo e para todos, atualmente não tenho mais essa crença e não me cobro mais por isso.
Estou em busca de fugir de tudo o que é lógico, das respostas padrão que todos esperam, estou tentando fazer diferente, muitas vezes é bem difícil, mas é um exercício que ,com certeza, me permitira ser mais criativa.
Eu sou a única responsável pelos bloqueios  que impedem o meu processo criativo.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

                                                 UM NOVO CONCEITO SOBRE ARTE

A partir das leituras que fiz e dos vídeos que assisti por sugestão da interdisciplina de Artes posso afirmar que hoje eu tenho um novo conceito sobre Arte, sobre o fazer artístico e uma valorização maior desse trabalho junto às crianças.
Percebi que é muito importante trabalhar com releituras de artistas, pois assim eles estão aprendendo Arte com pessoas que conhecem muito sobre isso, mas não estão apenas copiando e sim demonstrando o que aprenderam a partir do momento que apresentam suas obras apenas utilizando como suporte o trabalho de um artista para criar um trabalho novo de sua autoria.
Uma proposta pedagógica que utilizei com os meus alunos de estágio foi a releitura sobre a artísta Rochele Zandavalli.

Um pouco sobre Rochele Zandavalli:Rochele Zandavalli é Artista Visual, possui Mestrado em Poéticas Visuais pelo PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS, e é graduada em Artes Visuais pelo mesmo Instituto. Professora nos cursos de Graduação Tecnológica em Fotografia, Realização Audiovisual, e Moda, na Unisinos – Universidade do vale do Rio dos Sinos, na Extensão do Núcleo de Fotografia da UFRGS, e pesquisadora na área de Fotoquímica, no mesmo Núcleo. Também atua como professora na Fluxo – Escola de Fotografia Expandida.
Possui obras na Coleção Joaquim Paiva de fotografia em comodato com o MAM/RJ, nos acervos da Fundação Vera Chaves Barcellos, Museu de Artes do Rio Grande do Sul – MARGS, e Museu de Arte Contemporânea MAC/RS. Sua produção em fotografia destaca-se pelo investimento na materialidade do suporte, na mistura entre técnicas, e na coexistência entre tecnologias, trabalhando muitas vezes com processos analógicos em laboratório e processos experimentais. Além de fotografia, seus trabalhos incluem desenhos, pinturas, gravuras, e produções na área da animação e cinema.
Teve exposições e mostras importantes como as Individuais: Rever, no Santander Cultural, Porto Alegre, 2012 e no Centro Cultural Ordovás Filho, em Caixas do Sul, 2013; OCULTO, na Galeria Lunara, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2009. Também participou de exposições coletivas como: Da matéria sensível – Afeto e forma no acervo do MAC/RS; 2014. Neblina, Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, 2014; De Humani Corporis Fabrica, no MARGS, em Porto Alegre, 2013; O Melhor de cada um, Gal. Mascate, em Porto Alegre, 2013; Idades Contemporâneas, pelo MAC/RS,Porto Alegre,2012; Labirintos da Iconografia, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, 2011; Panorâmica, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2009; Xirugravuras, Choque cultural, São Paulo/SP, e Museu do Trabalho, Porto Alegre, 2009; Sobreimagem, Galeria ECARTA, Porto Alegre, 2007.
http://escolafluxo.com.br/site/portfolio/rochele-zandavalli/ (13/12/19)

A minha proposta foi dar para as crianças revistas de recorte e eles procurariam figuras humanas, posteriormente comporiam o cenário com momento feliz na Educação Física.
Um deles comentou: "A Educação Físic Quando localizassem as figuras de sua preferência, cada criança as colava numa folha A3 e depois iria compondo o cenário para aquela figura de acordo com sua criatividade e imaginação. Depois de um tempo fui solicitando os relatos do que haviam feito. Um colocou assim "A Educação Física é legal, mas falta a piscina para as aulas de natação.




quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

                                                  ESTIMULAR A  CRIATIVIDADE

Acredito que durante muito tempo a escola não se preocupou muito com estimular a criatividade de seus alunos. Lembro-me que a escola focava muito  no tecnicismo, no perfeccionismo, sem dar espaço para algo diferente que fugia dos padrões pré estabelecidos.
Nos meus tempos de escola no Ensino Fundamental tínhamos as "TÉCNICAS DOMÉSTICAS, INDUSTRIAIS E COMERCIAIS" com ênfase a preparação para o trabalho e, no Ensino Médio já se estudava pensando-se no mercado de trabalho escolhendo entre "MAGISTÉRIO, TÉCNICO EM CONTABILIDADE,..." visando o ensino profissionalizante.
Desta forma a criatividade ficava esquecida ou num segundo plano e para aqueles que buscavam opções diferentes, que não se resignavam ao padrão eram vistos como transgressores.
Agora percebo o quanto é bom e importante para a criança este estímulo ao desenvolvimento da criatividade, o quanto essas ações colaboram com a auto-estima e desenvolvimento cognitivo do estudante. O estudante criativo tem mais habilidades para a solução de problemas e consequentemente é mais inteligente. Com o estímulo a criatividade, também há o desejo de realizar novas propostas de trabalho e assim manter o interesse da criança nos estudos.
A partir da proposta de trabalho da interdisciplina de Arte no semestre anterior, propus uma atividade para os meus alunos do estágio que trabalhava com Arte Contemporânea, Música e Pintura. Os meus objetivos eram  expressar-se com a Arte; Estimular a criatividade  e a auto confiança na produção artística pessoal, individual e  com o grupo.Para a realização da atividade eu trouxe recursos variados (tintas, pincéis, esponjas, rolos de pintura, painel de papel). A atividade foi realizada com a audição da música Bolero de Ravel. As crianças gostaram muito do trabalho e , ao finalizá-lo, já estavam me perguntando quando trabalharíamos desta forma novamente.
O resultado foi um trabalho bonito e criativo.







  Realizei o trabalho com a minha turma de estágio (2º Ano). As crianças gostaram muito do trabalho com tintas, 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Na data de hoje, após um longo recesso devido a demanda de trabalhos nas escolas e a escrita do TCC estou retomando as minhas reflexões e registrando-as aqui.
Fazendo uma retrospectiva das interdisciplinas, gostaria de contextualizar que "Artes Visuais e Educação" foi responsável por exercer uma mudança no meu pensamento de grande relevância e importância.
Ao realizar as atividades no WEB FOLIO eu descrevi um sentimento ruim e uma lembrança bastante negativa das aulas de artes quando eu era criança.
A partir das leituras sugeridas e dos vídeos assistidos, fazendo uma retrospectiva dos meus anos escolares, veio à tona a rememoração de lembranças um tanto desagradáveis no que tange a arte.
Inicialmente considero importante contextualizar que sou Verlaine Angela Zanesi Maciel, nascida no dia primeiro de dezembro do ano de 1969, portanto quase meio século de evolução na arte. Sou filha de um projetista de máquinas e sistemas industriais, portanto sempre convivi com desenhos técnicos e com formas milimetricamente perfeitas, acessei materiais de uso técnico e profissional de escrita e medições para as minhas primeiras garatujas. Mesmo antes de iniciar o meu processo escolar eu manuseava  réguas, transferidores, compassos e lapiseiras técnicas de 0.5 mm, razão pela qual nunca gostei de escrever com lápis grafite, por acha-lo pesado e com um traçado muito grosso e o lápis grafite para desenho era algo que eu tinha aversão em utilizá-lo, porque tudo o que eu representava com ele ficava borrado. Então quando cheguei a escola, no ano de 1975, aos seis anos de idade, estava muito ansiosa para demonstrar aos meus professores e aos meus colegas as minhas habilidades técnicas no manuseio dos materiais, pois não tinha recebido estímulos para despertar ou aguçar a minha criatividade nas minhas representações artísticas.
No decorrer da minha escolarização o meu perfeccionismo, treinado com orgulho pelo meu pai, logo se transformou em frustração e um desejo enorme de poder fugir de as aulas de Arte, naquela época chamadas de Educação Artística. Eu estava na 2ª Série e foi solicitado que desenhássemos uma árvore, parece-me que era “Dia da Árvore” e eu querendo impressionar a professora desenhei uma árvore com o caule perfeitamente reto, pois eu o tinha feito usando a régua. Quando fui mostrar a professora acreditando que seria o trabalho mais bonito, uma vez que era o mais perfeito, ouvi ironias da professora perguntando aos meus colegas se em algum lugar eles tinham visto uma árvore com um caule extremamente reto, que eu não poderia ter feito o caule com régua, tinha que ser com traçado livre. A partir desse momento a minha autoestima nas representações artísticas sempre foi muito baixa, sempre vinha o temor que receberia novas críticas e, assim o meu enunciado poético, perdeu toda a magia e o encantamento pelas criações artísticas.
Ter tido a oportunidade de pensar sobre este assunto me oportunizou mudanças na minha maneira de conduzir as experiências com arte com os meus alunos, pois entendi que eu não poderia reproduzir a atitude da minha professora, já estava na hora de mudar esse resultado e então realizei várias atividades com os meus alunos da turma do estágio trazendo para eles a arte como algo prazeroso.
Acredito que isso sim é uma mudança de paradigma, ou seja, uma mudança nas minhas concepções a cerca da arte, porque hoje consigo ver a arte como uma manifestação do modo de pensar das pessoas sobre os fatos  que acontecem no seu cotidiano , sem a obrigatoriedade de serem bonitas, mas que consigam chamar a atenção para provocar a reflexão nas outras pessoas e estas possam definir pra si mesmas um novo conceito de "feio", "bonito", "alegre", "triste"; enfim, algo que possa ser significativo para elas.
Não existe regras, padrões definidos ou materiais obrigatórios e apenas o respeito a liberdade de expressão.
Afinal qual o problema em desenhar uma árvore com régua?
Atualmente não se fazem desenhos maravilhosos no software Minecraft?
Qual é o formato das árvores lá?
Eu estava muito a frente do meu tempo e a minha querida antiga professora é que não me entendeu.
Por tudo isso não quero limitar ou impedir a criatividade e as manifestações artísticas dos meus alunos.