sexta-feira, 22 de junho de 2018

QUE P ROFESSOR É ESSE?

No início do semestre começamos nos questionado sobre que escola é essa?
Agora que estamos finalizando o semestre e o final do curso se aproxima o questionamento que está latente é que professor é esse?
Será o mesmo do início do curso?
Todas as propostas de aprendizado das interdisciplinas contribuíram para a formação e aprendizado desse professor?
Uma formação semi presencial e em parte a distância está inferior, igual ou superior a uma presencial?
O conhecimento adquirido contribui para o aperfeiçoamento e qualificação profissional?
Como será colocado em prática esse conhecimento adquirido já estamos atuando com alunos?
Enfim, neste momento ainda não tenho todas as respostas para as indagações que norteiam meus pensamentos neste momento.
Tenho apenas uma pretensão de ter me tornando uma profissional melhor do que inicialmente e, poder partilhar esse conhecimento com os meus educandos e também com os meus colegas que ainda não tiveram essa oportunidade de qualificarem-se ou mesmo os que já tiveram em épocas passadas esse conhecimento pode estar adormecido ou esquecido.
Tenho a convicção de que o volume de informações foi bem extenso ao longo do curso e utilizá-las todas seria uma missão quase impossível, mas o ser humano é dotado de uma plasticidade cerebral que lhe permite se atualizar, rever, repensar,refletir, comparar, analisar, planejar, replanejar e avaliar e avaliar-se.
A partir dos ensinamentos que obtive, vou tentar colocar em prática as habilidades pedagógicas para ser uma professora melhor do que quando eu entrei no curso.
Ao iniciar no curso meu objetivo inicial era a mudança de nível para agregar valor ao meu salário, espero que este objetivo ocorra e o meu objetivo a partir de agora que eu seja merecedora desse acréscimo de salário pelo meu desempenho enquanto profissional da educação.
Fazendo uma citação de Bruna Lombardi, num momento de um país tão descrente em boas ações e carente de valorização do profissional de educação:

"BONS PROFESSORES SÃO PATRIMÔNIO DE UM PAÍS!"


ESCRITA QUALIFICADA

A tarefa proposta na interdisciplina de Seminário Integrador exigiu de nós professores um exercício difícil e complexo, quando fomos solicitados a fazer a leitura de referenciais teóricos sugeridos, elaborar uma síntese e, posteriormente produzir um texto com análise comentada de uma cena do meio escolar, fundamentada na síntese anteriormente produzida.
Inicialmente tivemos que a partir da leitura compreender e compilar as principais informações de teóricos catedráticos que pelo seu elevado nível de conhecimento produzem textos densos, com muitas informações e em muitos casos de difícil compreensão para nós meros professores formando do curso de Pedagogia.
Realizado esse complexo exercício tivemos que colocar em prática a nossa compreensão numa situação analítica  do cotidiano escolar de uma reunião de professores que foi descrita.
Concluída esta etapa tivemos que analisar e sermos analisados por colegas, nos colocando em situação bastante delicada ao termos que fazer apontamentos ao outro com justificativas que demonstrassem a nossa compreensão e em que pontos o colega não teve compreensão do que leu.
E, a situação de maior complexidade, aceitar que o posicionamento do outro é diferente do nosso e seguir os apontamentos de um colega para a reelaboração do nosso trabalho.
Justamente a figura do professor que é tido como a representação da autoridade do saber, o que fazer nesse momento?
Xingar o colega, reclamar aos nossos professores ou simplesmente acolher e pensar, quantas vezes fazemos isso com os nossos pequeninos estudantes e nem lhe damos a opção de uma segunda opção de outra professora, já que no nosso caso tivemos a opinião de dois colegas distintos.
Enfim, essa tarefa sem dúvida foi muito reflexiva no sentido de termos que, repetidamente, fazer reflexões sobre o que lemos em vários níveis de escrita apresentadas.

Para um bom planejamento o professor também precisa conhecer as etapas do desenvolvimento biológico da criança e atividades adequadas a cada faixa etária.         
       
                  O PENSAMENTO E A LINGUAGEM SEGUNDO PIAGET
·                     PERÍODO SENSÓRIO MOTOR
·                     (0-2 ANOS)
·                     PERÍODO SIMBÓLICO
·                     (2-7 ANOS)
·                     PERÍODO CONCEPTUAL
·                     (7-11 ANOS)
·                     ATIVIDADES ADEQUADAS PARA ESTE PERÍODO:
·                     ATIVIDADES ADEQUADAS PARA ESTE PERÍODO:
·                     ATIVIDADES ADEQUADAS PARA ESTE PERÍODO:
·                     bater em objetos suspensos (mãos e pés);
·                     assoprar e assoprar para deslocar;
·                     acertar no "alvo";
·                     soltar objetos dentro de caixas;
·                     soltar e pegar no ar "sem deixar cair" (pena, algodão);
·                     rasgar;
·                     amassar papel;
·                     rolar a bola;
·                     empurrar com os pés em direção a "alvos";
·                     bater a bola no chão e agarrar em seguida;
·                     jogar bola de mão e mão;
·                     jogar bola na parede, deixar bater no chão e agarrar;
·                     encaixar;
·                      
·                     brincadeiras que envolvam faz de conta e imaginação.
·                     Jogos com regras do tipo baralho com pistas;
·                     Jogo do Uno;
·                     Jogo de seguir instruções.




MAPA CONCEITUAL

Dentre os recursos pedagógicos que temos a disposição atualmente, podemos utilizar junto aos nossos estudantes a construção de Mapas Conceituais que de forma gráfica e sintética organiza ideias, conceitos e informações de forma esquemática. É uma ferramenta de estudo e aprendizagem que hierarquiza o aprendizado, classificando os conteúdos para auxiliar na compreensão do estudante.
No mapa apresentado temos as Teorias da aquisição da Linguagem de Samanta Demétrio da Silva apresentada de forma sintética e analítica tornando as informações mais claras e objetivas.

Henri Wallon




A partir dos referenciais teóricos indicados na interdisciplina de Linguagem e Educação, achei muito interessante a teoria de Wallon que segundo ele, a criança é emocional e aos poucos vai se tornando sócio cognitivo. Suas afirmações são de uma linha de pensamento interacionista, onde sua base teórica é definhada a partir das relações da criança com os outros indivíduos e seu meio. As trocas  inter-relacionais entre a criança e os indivíduos que a cercam irão definir o adulto que ela se tornará. Até cerca de três anos a criança depende dos outros para entender o mundo que a rodeia.
            Sua teoria está alicerçada sob quatro campos funcionais:
            - Afetividade
            - Movimento
            - Inteligência
            - Formação do Eu como pessoa
             Estágios do Desenvolvimento:
            - Impulsivo-Emocional: (do nascimento até um ano)
            É predominantemente afetivo, totalmente imersa no seu mundo, movimentos desorientados, mas o ambiente propicia o desenvolvimento das habilidades funcionais;
            - Sensório- motor projetivo: (dos três meses aos três anos de idade)
            A inteligência é prática, obtida pela interação com objetos com o próprio corpo. Período de formação da personalidade e autoconsciência.
            - Estágio do Personalismos: (dos três aos seis anos de idade).
Período de formação da personalidade e autoconsciência
                       A criança é opositora ao adulto.
            - Estágio Categorial: (dos seis aos onze anos)
            Começa a abstrair conceitos concretos e fazer categorizações mentais.
            -Estágio da Adolescência: (inicia aos onze ou doze anos)
            Transformações físicas e psicológicas pelo desenvolvimento do sistema endócrino. Conflitos internos e externos. Estágio da busca por autoafirmação e desenvolvimento da sexualidade.
            De acordo com Henri Wallon a cognição* é um elemento fundamental na origem do desenvolvimento dos processos mentais do indivíduo completo, sendo o seu desenvolvimento relacionado às suas interações com o meio em que está inserido.
*cognição: ato ou processo de aquisição de conhecimento.



A TEORIA FUNDAMENTADA

Acredito que toda a ação de planejamento do professor deva ser fundamentada por referenciais teóricos. Nesse semestre tivemos a oportunidade de estudar grandes nomes da Pedagogia que certamente contribuem muito para que possamos definir o nosso planejamento com bases teóricas para uma qualificação da prática.
O empirismo ou achismo em algum momento pode dar certo, mas não podemos utilizar isso como regra de trabalho, pois o nosso trabalho é formar cidadãos. Que cidadão queremos?
Na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação foi sugerido que conhecêssemos os principais integrantes da Escola Nova. Dentre eles, realizei várias leituras sobre Maria Montessori e descobri aspectos interessantes sobre sua vida pessoal.
https://novaescola.org.br/conteudo/459/medica-valorizou-aluno

A médica italiana Maria Montessori foi a primeira mulher a se formar em Medicina em seu país, foi precursora no campo pedagógico, dando ênfase ao auto aprendizado do aluno e o professor como articulador desse processo, ela atribuía o mérito dessa conquista a criança porque esta nasce com a inteligência, só precisa de estímulos para colocar em prática. Segundo ela a educação vai além do acúmulo de informações, o objetivo da escola deve ser educar para a vida. A evolução mental da criança acompanha o crescimento biológico e pode ser acompanhada em fases distintas da vida. Ela defendia que o intelecto passa pelas mãos, porque pelo toque exploram o ambiente e os objetos.
O método Montessori parte do concreto para o abstrato.




Sugestão de projeto

PROJETO: "ALIMENTAÇÃO COLORIDA"
2º ANO
JUSTIFICATIVA: A temática Alimentação é motivo de preocupação dos pais e de educadores em todas as idades da infância, principalmente nos primeiros anos, pois estes são decisivos na formação de hábitos    saudáveis e a introdução deste tema é difícil porque o mercado alimentício, com auxílio da mídia e de rótulos criativos, proporciona uma oferta muito grande de opções de alimentos atrativos, mas nem sempre nutritivos e por consequente saudáveis.
OBJETIVO GERAL O projeto "Alimentação" tem como objetivo abordar assuntos relacionados à alimentação saudável e colorida para crianças a partir dos 7 anos de idade, ampliando os conhecimentos dos educandos sobre o tema e motivando-os a experimentar e degustar alimentos novos e de valores nutritivos diferentes.
DELIMITAÇÃO DO TEMA: Alimentos saudáveis e Alimentos não saudáveis. Contagem. Gráficos. Classificação e seriação. Letra inicial.
Salada de frutas com frutas variadas trazidas pelas crianças (Contagem da frutas, identificação das cores, degustação para identificação do doce, amargo, azedo composição artística, formando paisagem); Gráfico identificando quantidades de cada fruta; Representação gráfica das frutas; Oficina com legumes (sopa de legumes solicitada no refeitório adaptado a partir do cardápio oficial do "Prato limpo"); Confecção de carimbos com batatas; Obs.: A cada novo alimento apresentado informar às crianças seu valor nutricional e benefícios para o corpo, Recorte de alimentos encontrados em revistas para produção de um cartaz; Escrita dos nomes dos alimentos e identificação da inicial; Representação de frutas e verduras com papel crepon e cola colorida para desenho de folhas e caules das frutas e verduras; Solicitação de rótulos e embalagens dos alimentos consumidos em casa (classificação e seriação, formando grupos por tamanho, cores e alimentos saudáveis e não de alimentos com massinha de modelar formando dois grupos: SAUDÁVEIS / NÃO SAUDÁVElS.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Promover o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; Favorecer a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários géneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; Recriar, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas e de medidas; Ampliar a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; possibilitando situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal; Incentivar a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, promovendo o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas.
RECURSOS: Livros sobre alimentação; Frutas da estação; Folhas de desenho; Massinha de modelar; Folhas de desenho; Papel crepon; Lápis de escrever; Lápis de cor; Giz de cera; Tesoura; Cola branca e Cola colorida.
DURAÇÃO: Dois meses.
AVALIAÇÃO: Observação diária na escola nas produções dos trabalhos relativos ao tema  e relato da família nas mudanças dos hábitos alimentares.

TEMA GERADOR OU CENTRO DE INTERESSES

Na postagem anterior, o vídeo apresenta um relato sobre Tema gerador. Acredito que a abordagem de Nora Cinel sobre centro de interesses tem uma perspectiva mais técnica, mas se assemelha ao tema gerador.
Sugestão de atividade com centro de interesse
CENTROS DE INTERESSE
Os centros de Interesse foram criados  por Ovide Decroly. O professor propõe aprendizagens em todas as áreas. Assim na área cognitiva favorece a construção de novos conceitos, a partir da observação, da comparação, da assimilação e da acomodação, ajudando a criança a desenvolver seu pensamento, estruturar sua realidade e a interagir com ela.

          Na área afetiva, proporciona o ajuste às normas e costumes construídos socialmente, promovendo a passagem da dependência infantil para sua autonomia.
          Na área das operações mentais, a criança desenvolve a coordenação viso motora e a construção do esquema corporal.
     A organização dos centros de interesse exige três etapas:
      A observação: estabelece relações e faz comparações entre as semelhanças e diferenças.
          A associação: análise do estabelecimento de relações e da organização mental de dados que foram coletados a partir da observação.
          A expressão: acontece durante a observação e a associação, durante os exercícios de desenho, trabalhos manuais, experiências, leitura, compreensão de palavras, da escrita etc.

Centro de Interesse: “De agir, trabalhar solidariamente, descansar, divertir-se, desenvolver-se.”
Tema: Brinquedos de Casa
Ano: 2º Ano

Observação: 
  • trazer brinquedos de casa;
  • observar as características dos brinquedos;
  • classificar os brinquedos de acordo com o material de que são feitos: madeira, plástico, papelão, ...

Associação
  • comparar alguns brinquedos com objetos reais;
  • descobrir a relação de alguns brinquedos com profissões;
  • descobrir brinquedos para uso ao ar livre e em grandes espaços;
  • descobrir brinquedos que podem surgir juntado diferentes sucatas.

Expressão: 
  • desenhar os brinquedos observados;
  • confeccionar fantoches e outros brinquedos;
  • reproduzir com massa de  modelar um brinquedo;
  • escrever um pequeno texto sobre seu brinquedo preferido.

CINEL, Nora Cecília Bocaccio. Centros de Interesse: estratégia utiliza multidisciplinaridade para o desenvolvimento    global. Revista do Professor, Porto Alegre, n. 78, ano 20, p. 32-36, abr./jun. 2004.  

Esta proposta de trabalho poderia ser adaptada a EJA substituindo  o tema os brinquedos por instrumentos específicos para determinadas profissões.

A APRENDIZAGEM NA EJA

Mesmo ocorrendo o afastamento temporário da escola as dificuldades não desaparecerão por "mágica", ainda há a necessidade do conhecimento técnico do professor para compreender como o adulto aprende e de planejar atividades adequadas que o evem a consolidação de suas aprendizagens.
O professor ainda é responsável por garantir o sucesso desse aluno nessa etapa escolar, provavelmente o estudante estará mais motivado do que em anos anteriores por ter percebido a necessidade de escolarização, mas o papel do professor continua na medida que precisa entender o processo de aprendizagem e ofertar recurso para a concretização desta.
www.youtube.com/watch?v=6jwXf7udfKg&feature=youtu.be

POR QUÊ TEMOS EJA NO BRASIL?

Durante o semestre muitas indagações nos fizeram refletir do por quê termos Escolas de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.
Certamente existem muitas respostas para este questionamento. No entanto, dentre elas gostaria de destacar uma resposta que acredito que nós professores temos que refletir, pois somos co-responsáveis com essa situação.
Quando existem dificuldades de aprendizagem, há também a desmotivação, o desinteresse pela escola que acaba levando a infrequência e, em muitos casos à evasão escolar.
A evasão escolar afasta o estudante do sistema escolar regular e só o traz de volta, tempos depois, como estudante da EJA.
Evidentemente que os estudos na interdisciplina com este mesmo nome abordou várias causas que provocaram a saída do sistema regular do ensino que envolve falta de políticas públicas adequadas,
falta de estímulo familiar, dificuldades de deslocamento , dentre outras.
Cabe a nós professores refletir sobre a nossa parcela de culpa para não sermos os agentes causadores dessa situação.
Muitas vezes temos em nossas salas de aula aquele estudante transgressor, que não está motivado para aprender, que não acessa à escola, enfim aquele estudante que certamente entrará para a estatística das reprovações e, esse fato se repetindo, afugentará o estudante da escola, o qual só retornará anos mais tarde por necessidade de emprego, melhoria de status social e desejo por aprender.
Um dos vídeos apresentados na disciplina com depoimentos de estudantes da EJA, egressos do sistema regular de ensino tinha um depoimento de um senhor que disse que deixou de ir a escola porque o chamaram de "não inteligente".
Um professor não pode compactuar com essa situação, quando não há aprendizagens tem investigar os motivos e as necessidades do estudante, não pode ser omisso desse papel, pois se o fizer será responsável pelo afastamento desse estudante.
Precisamos estar atentos a essa situação porque todo ser humano prefere que se pense que ele não aprendeu porque não teve vontade , porque é indisciplinado do que ter que admitir que possui dificuldades e precisa de ajuda do professor, de recursos pedagógicos diferenciados, de apoio de profissionais especializados da área da educação e da saúde.
É necessário ser pró-ativo nessa situação e interferir para provocar mudanças ou, em casos omissos responsáveis por esta evasão escolar.

ESCOLAS DEMOCRÁTICAS


Após assistir o vídeo “Escolas Democráticas”, o primeiro pensamento que nos vem a mente é de que o título é inadequado ao conteúdo apresentado. O conteúdo apresentado retrata um ALUNO RECEPTOR e uma ESCOLA NÂO REFLEXIVA, conceitos não pertencentes à Escola Democrática que trabalha com a participação igual de todos os segmentos da escola, sejam professores, estudantes ou funcionários. O ambiente proposto na escola democrática é um ambiente que estimula e proporciona a todos os estudantes para que tenham voz ativa, sendo os atores principais do processo educativo e os professores tem o papel de estimular e propiciar para que isso se efetive.
            O vídeo nos mostra uma dura realidade e nos faz pensar sobre como o ambiente escolar oportunizado pelos professores e pelo sistema escolar pode transformar a vida de seus alunos, tanto para propulsão aos novos saberes como para a alienação e para a reprodução do que aprendeu, sem ter a permissão para mudar.
            No início percebe-se alunos chegando em frente da escola felizes, com roupas coloridas, representando suas individualidades e suas diferenças. Cada um traz sua experiência, seus aprendizados, sua história de vida; onde nenhum é igual ao outro. No entanto, ao entrarem na escola todos são “iguais”, a mesma cor de roupa, comportamentos repetitivos, se transformando num aluno receptor de informações, onde lhe é exigido que faça somente o solicitado dentro do tempo de aula previsto e acompanhe a mudança do período de aula, de acordo com o relógio. Não são oportunizados tempos e espaços diferenciados, sendo que se fosse uma escola democrática seria dado a oportunidade ao aluno de gerir seu próprio tempo, uma vez que sabemos existem tempos diferenciados para que ocorram as aprendizagens.

COMO UTILIZAR OS NOVOS RECURSOS TECNOLOGICOS NA ESCOLA?

Hoje temos a nossa disposição lousas digitais, notebooks, data show, smartv, celulares, livros digitais, entre outros.
Será que está errado utilizá-los?
Certamente não, pois eles tornam o aprendizado mais atraente interativo, dinâmico; no entanto, não podem ser os únicos recursos do professor.
Digitar um texto no computador colabora com o professor a medida que o corretor ortográfico sinaliza ao aluno os erros de escrita, mas não exime o papel do professor das técnicas de estimulação para elaboração de um texto  com boas ideias, coerência e consonância com o tema proposto.
A digitação constante não desenvolve a motricidade fina e, se não praticada, a escrita manual será incompreensível.
Realizar jogos flash no Gcomprix torna os cálculos matemáticos mais atraentes, mas não substitui a exploração do material dourado, que é concreto e visual para levar a raciocínio lógico abstrato necessário para a aprendizagem dos cálculos.
Registrar num blog um projeto de aprendizagem não garante a aprendizagem se não ocorreram todas as etapas do projeto de forma concreta.
Participar de uma rede social me traz muitos "amigos", mas a interação social me mostra o conceito de amizade e respeito as diferenças.
Os recursos são importantes mas não substituem o pular corda, os jogos com bola, as cambalhotas e as rodas cantadas que ainda dão sentido às aprendizagens.
Como nos disse Piaget:
" TODO CONHECIMENTO TEM UM NÍVEL FIGURATIVO QUE SE INSCREVE AO CORPO."


INOVAÇÃO PEDAGÓGICA

A educação sempre está em busca da inovação, ou seja, de algo que é novo, uma novidade para trazer ao universo escolar.
No momento parece que este termo está mais latente ainda e associado a novos recursos tecnológicos.
Antes de qualquer posicionamento é importante deixar claro que recurso tecnológico é diferente de tecnologia.
O primeiro refere-se aos instrumentos utilizados como computadores, lousa digital, smartv, celulares, redes de comunicação,...
Enquanto o segundo é o estudo sistemático de métodos, processos ou técnicas que produzam conhecimento.
Desta forma, também não podemos confundir os conceitos de inovação pedagógica com utilização de novos recursos tecnológicos. A inovação pedagógica é a utilização de novas metodologias que levem o aluno a pensar mais, ser mais crítico e autocrítico, que compreender a informação e se posicionar sobre ela.
A inovação tecnológica trouxe para os indivíduos uma nova forma de se relacionar com a informação, ela está mais próxima, mais rápida. E isso confunde um pouco o processo, pois a rapidez que recebemos a informação não deve ser a mesma que a devolvemos, se faz necessário uma leitura atenta e criteriosa, buscando compreende-la de forma correta para que ela não seja entendida de forma incorreta.
esse tempo que ganhamos com a proximidade com as informações deve ser utilizado para análise e reflexão, não podemos trocar qualidade por quantidade.
Acredito que a inovação pedagógica é desenvolver nos estudantes a consciência de que o sujeito tem que ser autônomo, crítico, independente e social. A interação entre os sujeitos não pode ser ofuscada por uma tela digital.
A escola precisa buscar formas de se organizar para que possa utilizar as ferramentas tecnológicas para dissipar a informação para os estudantes interagirem e construírem suas aprendizagens e não apenas um recurso transmissor de mais informações, muitas vezes descontextualizadas sem a preocupação com a verdade e a comprovação científica.
Nós professores não podemos nos esquecer que a observação, experimentação e investigação é que levam às conclusões e não um grande número de postagens da mesma informação.

ESCOLA NOVA OU NOVA ESCOLA? DO QUE PRECISAMOS?

Atualmente nós professores temos a nossa disposição recursos e ferramentas tecnológicas que os nossos professores não tinham.
O planejamento de aulas dos nossos professores era demorado, uma vez que precisavam fazer muitas pesquisas até definirem o que era interessante para trazerem para o nosso aprendizado. Atualmente é só dar um click no Google, digitar um assunto e temos uma gama de opções para meramente fazer a reprodução e passar aos nossos estudantes. Acredito que  existência desses recursos é positiva a medida que nos dá uma maior tempo para reflexão, para estudar novas metodologias de aprendizagem, conhecer novos autores que versam sobre conceitos de aprendizagens ou sobre motivos para não aprendizagens.
Apenas faço uma ressalva de que esse facilitador não deve ser o fator que nos leve a reprodução de metodologias velhas e ultrapassadas mas com emojis para dar uma carinha de modernidade.
A escola deve se reinventar sempre, ser uma nova escola, atualizada, com pensamento reflexivo e com novas propostas de aprendizagens e não uma escola nova com paredes novas, pintura nova e recursos tecnológicos atualizados.
Esses recursos devem ser os facilitadores e não os meios de aprendizagem.
O estudante ainda tem que ser um ser pensante, crítico e defensor de seu pensamento, não um indivíduo que repassa whatsapp em grupos de afinidade.


http://www.startribune.com/why-use-words-emojis-convey-health-just-fine-mayo-finds/464063023/

Assim estamos reproduzindo a "metodologia" da professora do vídeo apresentado na interdisciplina de Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação  sobre inovação pedagógica.

A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO


Ao olharmos para o blog , que neste momento, é o recurso para o registro das aprendizagens significativas do semestre e o compartilhamento dessa informações com outros sujeitos envolvidos no processo, ficamos em estado de contemplação igual ao "Helpdesk"(Serviço de apoio a usuários na resolução de problemas técnicos) da idade média da vídeo assistido na Interdisciplina de Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação. São tantas possibilidades e recursos que no passado não existiam.
Quando ingressei no meu primeiro ano escolar os artefatos utilizados eram cadernos, lápis de escrever, lápis de cor e as tão "desejadas" canetinhas hidrocor para mudar as "fontes" de escritas manuais.
Lembro-me que o meu pai era responsável por fazer a página com os dados de identificação, pois como ele era desenhista tinha uma fonte de letra perfeita e uniforme.
Da mesma forma que Helpdesk também aguardávamos a professora nos dizer quando devíamos virar a página do caderno, fazia um tracinho quando "pular" linhas, o que devia ser sublinhado, como abrir o caderno para que ele não fosse usado de forma incorreta.
Enfim, pequenas informações que eram os grandes saberes da época. Normalmente, percebia-se um interesse enorme por este aprendizado porque era essas as tecnologias que estavam a disposição.
Outro recurso que se utilizava eram folhas mimeografadas que, quando distribuídas, eram quase em "meme" viralizando na turma.
Somente dando uma pausa para reflexão é que percebemos o quando mudou num espaço de tempo relativamente curto, cerca de 30-40 anos.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Aprendizagem é...

O  resultado de mudanças significativas e qualitativas da auto-organização neuronal da corporeidade do indivíduo.
Quando aprendemos, ocorrem mudanças no cérebro, no sistema, nas conexões neuronais. Há uma inclusão de novos conceitos e por isso ocorre uma reconfiguração no cérebro.
O conhecimento emerge a partir das vivências humanas, das suas aprendizagens e das práticas humanas recorrentes. São essas práticas recorrentes que dão sentido às vivências. Se constrói sobre o cabedal de ações e é sobre a lógica desse conjunto de ações nas quais é preciso agir para operar e flexibilizar transformações.

Parafraseando uma expressão coloquial “o conhecimento move o mundo”, aprender significa operar transformações importantes para o indivíduo e no meio o qual ele pertence.

O filme "Como estrelas na Terra" que fomos convidados mais a vez a assistir no PEAD tem duas  cenas que foram muito significativas para mim:
Quando a mãe ligou para Ishaam para informar-lhe que  não iria visitá-lo naquele final de semana porque iria acompanhar o pai para assistirem o campeonato de tênis do seu irmão.
A mãe acredita que com suas explicações o filho a compreenderá ou, talvez, fará queixas pela ausência. No entanto, a reação do menino foi não querer ouvir as explicações e abandona o telefone enquanto sua mãe permanece  falando sozinha, sem ninguém para ouvi-la.
Esta cena nos choca e comove ao mesmo tempo, porque sem nenhuma palavra ele demonstrou toda sua ira com a negligência dos pais, sua tristeza e também a sua desesperança.
Também mostra o amadurecimento de Ishaam que mesmo tão pequeno já refletiu que durante vários anos tentou argumentar sobre sua não aprendizagem e ninguém o escutava, então agora não irá escutar o que os outros falam.
E ainda percebe-se toda a sua dor, toda sua mágoa, que ele parece não ter mais sentimentos pela mãe.
Outra cena é a cena de despedida entre o professor e o aluno, onde Ishaam deixa sua família e volta correndo para abraçar o professor. Impossível não chorar, não se comover e ver quanta diferença este professor fez na vida de seu aluno.