domingo, 15 de dezembro de 2019

                                                ARQUITETURAS PEDAGÓGICAS

As arquiteturas pedagógicas não se confundem com as formas adotadas nos livros didáticos, que, via de regra, apresentam demandas cognitivas elementares na forma de exercícios repetitivos, fechados e factuais. As arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas. Com orientação do professor, requerem-se do estudante ação e reflexão sobre experiências que contemplam na sua organização pesquisas, registros e sistematização do pensamento. O mesmo princípio se aplica aos professores, embora o âmbito de ação e reflexão seja de outra natureza. A ação dos professores tem como exigência a pesquisa, o registro e a sistematização ao planejar e avaliar as experiências de aprendizagem para seus alunos.
(Arquiteturas pedagógicas  para educação a distância de Marie Jane Soares Carvalho, Rosane Aragon de Nevado e Crediné  Silva de Menezes)

A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação nos apresentou os grandes teóricos que provocaram grandes mudanças na educação e nos mostrando a arte de ensinar.
Os objetivos da interdisciplina eram:
  1. Refletir criticamente sobre o impacto de práticas pedagógicas sobre os processos de ensino e aprendizagem;
  2.  Conhecer diferentes pensadores educacionais e suas contribuições para a Didática;
  3.  Compreender as bases e implicações de propostas pedagógicas integradas, especialmente para o planejamento;
  4.  Planejar atividades pedagógicas em uma perspectiva de propostas pedagógicas integradas;
  5.  Analisar as práticas avaliativas do trabalho docente e compreender os efeitos e consequências da avaliação. 

Os quais foram atingidos com êxito.
Houveram momentos de estudo de situações problemas que ocorrem no cotidiano das escolas onde tínhamos que apresentar soluções, nos remetendo às vivências das escolas, com aporte da fundamentação teórica dos estudiosos da educação.
Desta forma, tivemos recursos para desenvolver a habilidade do planejamento escolar e verificar sua importância para as rotinas escolares.
Podemos vivenciar os estudos sobre o trabalho integrado das disciplinas e suas vantagens para as aprendizagens dos alunos, uma vez que o ser humano é único e não é fragmentado e compartimentado como o estudo por disciplinas como se fossem "Gavetas" para guardar o conhecimento.
E parafraseando Maria Montessori, descobrimos que o potencial de aprender está em cada de um nós, por isso, temos que valorizar o nosso aluno.
Estudamos a Pedagogia dos projetos para poder trabalhar diferente na sala de aula e aprendemos que a avaliação nunca deverá ser classificatória, deverá ser um norteador dos progressos dos alunos e  um recurso para percebermos se estamos no caminho certo ou que devemos mudar na nossa forma de trabalhar.
E ficamos diante das novas ferramentas de trabalho hoje conhecidas com "Arquiteturas Pedagógicas" para nos subsidiar na inserção da escola do futuro onde os aprendizes são os protagonistas e os professores os articuladores desse processo.



                                                        NUVEM DE PALAVRAS

Uma das ferramentas aprendidas no curso chamada "Nuvem de Palavras" me proporcionou descrever de forma artística o sentimento que ficou com a formação do curso de Pedagogia.
Amei demais fazer o curso porque  a Pedagogia me fez crescer enquanto professora e me trouxe uma nova forma de ver o meu aluno. Estar em constante formação e aprimoramento deve ser o papel do professor para que ele possa auxiliar o seu aluno.
O curso me proporcionou o conhecimento sobre perceber que eu devo ser apenas coadjuvante e o meu aluno sempre será o principal e os recursos necessários para isso são:
Ludicidade,
Matemática
Educação,
Tecnologias,
Formação,
Arte,
Criatividade,
Linguagens,
Metodologias,
Participar de Seminário Integrador,
Inovação,
Aprendizagem,
Escrever em blog e em pbwork,
Fazer um estágio para rever a prática e
Escrever um TCC para mostrar o suporte teórico que fundamenta a nossa prática.


                                INOVAÇÕES PEDAGÓGICAS E TECNOLOGIAS

O professor precisa estar ciente de que é necessário mudar e inovar para adequar o seu trabalho às propostas educacionais da sociedade atual. O estudante de hoje não pode mais ser um indivíduo passivo que recebe informações de seu professor e vai acumulando-as no decorrer dos seus anos escolares. O aluno deve ser um agente atuante e transformador na sociedade e para isso é necessário que a escola se atualiza e busque inovar.
Um importante recurso que está a disposição do professor nos dias atuais para colaborar com as mudanças que se fazem necessário é a tecnologia.
No entanto somente a tecnologia não é suficiente, é necessário mudar a postura do professor frente a sua metodologia de trabalho, de nada vai adiantar trazer para a escola um aparato tecnológico e não inovar na sua metodologia.


Este vídeo é um exemplo que ilustra qual não deve ser a postura do professor com os incrementos tecnológicos disponíveis na escola.
Neste vídeo o gestor da escola comunicou a professora de que a escola se modificaria e teria a disposição novos recursos tecnológicos, mas não ofertou formação adequada à professora para que esta pudesse rever sua metodologia de trabalho e utilizar esse recurso como um aliado para agregar novas aprendizagens aos alunos.
Devemos ficar atentos para não sermos abduzidos pelas "luzinhas" das tecnologias. A tecnologia é uma importante ferramenta que contribuí com a dinamização das aulas, atraí o interesse dos alunos e oportuniza maneiras diferentes de aprender os conteúdos, mas é importante saber utilizá-la com esta finalidade e não apenas como elemento decorativo nas escolas, como foi o caso da escola mostrada no vídeo.
O primeiro passo é a formação continuada dos professores, a aceitação das mudanças na escola e por fim o domínio das ferramentas tecnológicas.
É importante fazer diferente, mas sobre tudo fazer a diferença  com os alunos.
A tecnologia deve ser um meio para que o aluno se envolva com o processo educacional e busque ampliar seus conhecimentos, não pode ser apenas um instrumento atrativo para manter o aluno estático, sem desenvolver seu pensamento reflexivo e construtor do seu processo de aprendizagem.
A tecnologia é para revolucionar, reinventar e não apenas enfeitar.



INVERSÃO DE PAPEIS



Fragmento do texto de  Mudando a Educação com metodologias ativas de José Morán

A escola padronizada que avalia e vê todos de forma igual sem respeitar as suas diferenças está relegada ao passado, precisamos nos apropriar das metodologias ativas que nos apontam caminhos diferentes e trabalham com novas perspectivas onde o professor não tem mais um lugar de destaque e, no qual todos ficam aguardando suas instruções, sem questionar e assumindo a postura de resignação como se o professor fosse o detentor do conhecimento e somente ele pudesse repassar aos seus alunos.
Hoje os alunos já tem sua bagagem de conhecimentos e chegam na escola para compartilhar os saberes.
O primeiro ponto é o professor sair de sua zona de conforto e sair do papel de detentor do conhecimento e assumindo o papel de mediador. Para que isso ocorra a escola atual precisa ser disruptiva com a escola tradicional onde há uma inversão de papéis , ou seja, sala de aula invertida na qual o professor instiga o aluno a buscar e demonstrar conhecimentos. O aluno recebe metas e responsabilidades no processo de construção do conhecimento, tendo um papel ativo e perdendo a condição de passividade na qual absorvia tudo o que o professor repassava.
Essa proposta de ensino coloca o aluno em contato com o conteúdo antes da aula começar e até mesmo fora do contexto escolar.
Esse modelo de ensino se diferencia do modelo convencional onde o saber estava centrado na figura do professor, modelo este que não tem mais espaço na sociedade moderna, uma vez que esta exige sujeitos críticos, autônomos e com capacidade para resolução de problemas.




                                                             O PAPEL DO PROFESSOR

O texto sugerido na interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação "O contexto da prática avaliativa no cotiano escolar" de Lucinete Ferreira apresenta um destaque ao papel do professor que elucida qual deve ser o papel do professor nos dias atuais:

É necessário que o professor tome consciência de que seu papel mudou, ele deve ser o fomentador das aprendizagens, deve proporcionar recursos e estratégias para que seu aluna produza seu conhecimento, realize descobertas, dialogue com seus colegas e teça conclusões sobre o que aprendeu.
O professor vai articular todo esse processo e terá apenas um papel coadjuvante, enquanto o papel principal será do aluno, a partir da realização do inventário de conhecimentos realizados com a turma se fará o elenco das proposições a serem discutidas e debatidas por todos, para que cada um agregue saber para o coletivo da turma.
Desta forma a aprendizagem é um processo coletivo, onde todos participam e o professor conduz esse processo.
Para que isso se efetive na prática se faz necessário remodelar os processos avaliativos na escola, onde a avaliação será contextualizada e terá a participação de todos que compõem a comunidade escolar, incluindo gestores, coordenação pedagógica, professores, famílias e não apenas o aluno com o preenchimento de formulários de perguntas e respostas objetivas sem demostrar reflexão e crescimento do mesmo.
A partir dos resultados demonstrados pelos alunos o professor também terá indicadores do seu trabalho e poderá definir as premissas de suas ações futuras, visando a melhoria no aprendizagem de seus alunos e passando para os responsáveis as necessidades de implantação de recursos ou serviços que contribuam para o êxito do coletivo.
                                                           CRIATIVIDADE X INOVAÇÃO

Os conceitos "criatividade" e "inovação" são indissociáveis, no entanto não são sinônimos. Os autores Duaibili & Simonsen Jr. distinguem-os afirmando que "A criatividade é a faísca, a inovação é a mistura gasosa. A primeira dura um pequeno instante, a segunda perdura e realiza-se no tempo. É a diferença entre inspiração e transpiração, a descoberta e o trabalho". Normalmente, a criatividade é um processo individual, nasce da ideia que surgiu na cabeça de alguém, enquanto a inovação é um processo coletivo, que deve ser trabalhado em grupo e conduz coletivamente a uma mudança de percepção. Por isso, se diz que determinada pessoa é criativa e a empresa "xyz" é inovadora.
Não existe inovação sem criatividade, pois a inovação é a aplicação prática da criatividade, ou seja uma ideia resultante de um processo criativo, só passará a ser considerada uma inovação, caso seja realmente aplicada, caso contrário é considerada apenas uma invenção. Citando Larry Hirst (um dos antigos Chairmen da IBM), "Invenção é transformar dinheiro em ideias, inovação é transformar ideias em dinheiro". Inovação tem, pois, este carácter de concretização, que só assim poderá gerar criação de valor. O conceito de criatividade é aplicável fora do contexto empresarial, podendo ser utilizado para caracterizar, por exemplo, os indivíduos na sua esfera não profissional.
fonte:      https://pt.wikipedia.org/wiki/Criatividade em 15/12/19

Como citado acima "Não existe inovação sem criatividade" eu me utilizei da inovação construindo jogos para computador para trabalhar com a minha turma de estágio. Os jogos foram uma inovação, pois ninguém na escola conhecia e os alunos nunca tinham jogado os jogos que eu trouxe. Os jogos foram de minha autoria, sendo sua construção realizada através da ferramenta do Power Point e o mecanismo da construção eu aprendi num curso de Especialização ofertado pela UFRGS intitulado "Informática Básica para Professores". Para o desenvolvimento do jogo eu utilizei a tecnologia e o tema foi o conteúdo que eu estava trabalhando em aula sobre As Plantas. As crianças gostaram muito de ter jogado o jogo e o meu objetivo relacionado a aprendizagem foi alcançado pois aprenderam com êxito o conteúdo proposto.
Exemplo do jogo que foi trabalhado:






sábado, 14 de dezembro de 2019

                                                                   CRIATIVIDADE

A criatividade sempre foi algo muito difícil para mim.Sempre tive um comportamento conservador , não dando muito espaço para a minha criatividade poder florescer. Sempre preferi as atividades mais mecânicas e repetitivas, as que os demais iniciavam e só as concluía, porque neste momento já estava tudo determinado como deveria se feito.
E a medida que o tempo foi passando ainda mais a ideia de que  eu não era criativa ficou mais forte. Mas ter assistido o vídeo "O que é Criatividade" da professora Ilíada de Castro me fez descobrir que a criatividade não é algo genético que nasce com a pessoa ou não nasce. O indivíduo precisa trabalhar para aflorar a sua criatividade. Eu reconheço que eu não busquei estratégias para melhorar isso em mim, eu acabei me acomodando e não fiz nenhum investimento para melhorar isso.No entanto, eu descobri alguns conceitos novos para a criatividade que eu não conhecia, como por exemplo, quando ela define o criativo como o sujeito que encontra soluções para um novo ou velho problema, essa qualidade eu tenho, procuro encontrar soluções para os problemas que eu tenho que solucionar; também num determinado ponto do vídeo a professora fala que nós temos a ideia de que só as grandes personalidades são criativas, se observarmos bem pessoas comuns são bem criativas e tem que solucionar muitos problemas.
Os ensinamentos da professora me fizeram entender que nós bloqueamos a nossa criatividade, nos sabotando a si próprios e se auto intitulando "Eu não sou criativo".
E fiz isso durante muito tempo, agora estou tentando fazer algo diferente e, como diz no vídeo "olhar a mesma paisagem, mas com um olhar diferente".
Quando eu ouvi no vídeo uma das causas que bloqueia a nossa criatividade "É proibido errar" eu logo associei a mim mesma, pois sempre criei esta regra para mim ficando muito decepcionada comigo mesma sempre que eu errava. Sempre fui compreensiva com os outros, mas muito exigente comigo mesma. Hoje já tenho um pouco mais de flexibilidade para entender que ninguém está buscando o erro, ele acontece e , muitas vezes, pode ser resultado para um possibilidade de acerto.
Sempre fiz questão de acreditar que eu a tinha a resposta certa para tudo e para todos, atualmente não tenho mais essa crença e não me cobro mais por isso.
Estou em busca de fugir de tudo o que é lógico, das respostas padrão que todos esperam, estou tentando fazer diferente, muitas vezes é bem difícil, mas é um exercício que ,com certeza, me permitira ser mais criativa.
Eu sou a única responsável pelos bloqueios  que impedem o meu processo criativo.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

                                                 UM NOVO CONCEITO SOBRE ARTE

A partir das leituras que fiz e dos vídeos que assisti por sugestão da interdisciplina de Artes posso afirmar que hoje eu tenho um novo conceito sobre Arte, sobre o fazer artístico e uma valorização maior desse trabalho junto às crianças.
Percebi que é muito importante trabalhar com releituras de artistas, pois assim eles estão aprendendo Arte com pessoas que conhecem muito sobre isso, mas não estão apenas copiando e sim demonstrando o que aprenderam a partir do momento que apresentam suas obras apenas utilizando como suporte o trabalho de um artista para criar um trabalho novo de sua autoria.
Uma proposta pedagógica que utilizei com os meus alunos de estágio foi a releitura sobre a artísta Rochele Zandavalli.

Um pouco sobre Rochele Zandavalli:Rochele Zandavalli é Artista Visual, possui Mestrado em Poéticas Visuais pelo PPGAV do Instituto de Artes da UFRGS, e é graduada em Artes Visuais pelo mesmo Instituto. Professora nos cursos de Graduação Tecnológica em Fotografia, Realização Audiovisual, e Moda, na Unisinos – Universidade do vale do Rio dos Sinos, na Extensão do Núcleo de Fotografia da UFRGS, e pesquisadora na área de Fotoquímica, no mesmo Núcleo. Também atua como professora na Fluxo – Escola de Fotografia Expandida.
Possui obras na Coleção Joaquim Paiva de fotografia em comodato com o MAM/RJ, nos acervos da Fundação Vera Chaves Barcellos, Museu de Artes do Rio Grande do Sul – MARGS, e Museu de Arte Contemporânea MAC/RS. Sua produção em fotografia destaca-se pelo investimento na materialidade do suporte, na mistura entre técnicas, e na coexistência entre tecnologias, trabalhando muitas vezes com processos analógicos em laboratório e processos experimentais. Além de fotografia, seus trabalhos incluem desenhos, pinturas, gravuras, e produções na área da animação e cinema.
Teve exposições e mostras importantes como as Individuais: Rever, no Santander Cultural, Porto Alegre, 2012 e no Centro Cultural Ordovás Filho, em Caixas do Sul, 2013; OCULTO, na Galeria Lunara, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2009. Também participou de exposições coletivas como: Da matéria sensível – Afeto e forma no acervo do MAC/RS; 2014. Neblina, Galeria dos Arcos, Usina do Gasômetro, 2014; De Humani Corporis Fabrica, no MARGS, em Porto Alegre, 2013; O Melhor de cada um, Gal. Mascate, em Porto Alegre, 2013; Idades Contemporâneas, pelo MAC/RS,Porto Alegre,2012; Labirintos da Iconografia, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Porto Alegre, 2011; Panorâmica, Usina do Gasômetro, Porto Alegre, 2009; Xirugravuras, Choque cultural, São Paulo/SP, e Museu do Trabalho, Porto Alegre, 2009; Sobreimagem, Galeria ECARTA, Porto Alegre, 2007.
http://escolafluxo.com.br/site/portfolio/rochele-zandavalli/ (13/12/19)

A minha proposta foi dar para as crianças revistas de recorte e eles procurariam figuras humanas, posteriormente comporiam o cenário com momento feliz na Educação Física.
Um deles comentou: "A Educação Físic Quando localizassem as figuras de sua preferência, cada criança as colava numa folha A3 e depois iria compondo o cenário para aquela figura de acordo com sua criatividade e imaginação. Depois de um tempo fui solicitando os relatos do que haviam feito. Um colocou assim "A Educação Física é legal, mas falta a piscina para as aulas de natação.




quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

                                                  ESTIMULAR A  CRIATIVIDADE

Acredito que durante muito tempo a escola não se preocupou muito com estimular a criatividade de seus alunos. Lembro-me que a escola focava muito  no tecnicismo, no perfeccionismo, sem dar espaço para algo diferente que fugia dos padrões pré estabelecidos.
Nos meus tempos de escola no Ensino Fundamental tínhamos as "TÉCNICAS DOMÉSTICAS, INDUSTRIAIS E COMERCIAIS" com ênfase a preparação para o trabalho e, no Ensino Médio já se estudava pensando-se no mercado de trabalho escolhendo entre "MAGISTÉRIO, TÉCNICO EM CONTABILIDADE,..." visando o ensino profissionalizante.
Desta forma a criatividade ficava esquecida ou num segundo plano e para aqueles que buscavam opções diferentes, que não se resignavam ao padrão eram vistos como transgressores.
Agora percebo o quanto é bom e importante para a criança este estímulo ao desenvolvimento da criatividade, o quanto essas ações colaboram com a auto-estima e desenvolvimento cognitivo do estudante. O estudante criativo tem mais habilidades para a solução de problemas e consequentemente é mais inteligente. Com o estímulo a criatividade, também há o desejo de realizar novas propostas de trabalho e assim manter o interesse da criança nos estudos.
A partir da proposta de trabalho da interdisciplina de Arte no semestre anterior, propus uma atividade para os meus alunos do estágio que trabalhava com Arte Contemporânea, Música e Pintura. Os meus objetivos eram  expressar-se com a Arte; Estimular a criatividade  e a auto confiança na produção artística pessoal, individual e  com o grupo.Para a realização da atividade eu trouxe recursos variados (tintas, pincéis, esponjas, rolos de pintura, painel de papel). A atividade foi realizada com a audição da música Bolero de Ravel. As crianças gostaram muito do trabalho e , ao finalizá-lo, já estavam me perguntando quando trabalharíamos desta forma novamente.
O resultado foi um trabalho bonito e criativo.







  Realizei o trabalho com a minha turma de estágio (2º Ano). As crianças gostaram muito do trabalho com tintas, 

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Na data de hoje, após um longo recesso devido a demanda de trabalhos nas escolas e a escrita do TCC estou retomando as minhas reflexões e registrando-as aqui.
Fazendo uma retrospectiva das interdisciplinas, gostaria de contextualizar que "Artes Visuais e Educação" foi responsável por exercer uma mudança no meu pensamento de grande relevância e importância.
Ao realizar as atividades no WEB FOLIO eu descrevi um sentimento ruim e uma lembrança bastante negativa das aulas de artes quando eu era criança.
A partir das leituras sugeridas e dos vídeos assistidos, fazendo uma retrospectiva dos meus anos escolares, veio à tona a rememoração de lembranças um tanto desagradáveis no que tange a arte.
Inicialmente considero importante contextualizar que sou Verlaine Angela Zanesi Maciel, nascida no dia primeiro de dezembro do ano de 1969, portanto quase meio século de evolução na arte. Sou filha de um projetista de máquinas e sistemas industriais, portanto sempre convivi com desenhos técnicos e com formas milimetricamente perfeitas, acessei materiais de uso técnico e profissional de escrita e medições para as minhas primeiras garatujas. Mesmo antes de iniciar o meu processo escolar eu manuseava  réguas, transferidores, compassos e lapiseiras técnicas de 0.5 mm, razão pela qual nunca gostei de escrever com lápis grafite, por acha-lo pesado e com um traçado muito grosso e o lápis grafite para desenho era algo que eu tinha aversão em utilizá-lo, porque tudo o que eu representava com ele ficava borrado. Então quando cheguei a escola, no ano de 1975, aos seis anos de idade, estava muito ansiosa para demonstrar aos meus professores e aos meus colegas as minhas habilidades técnicas no manuseio dos materiais, pois não tinha recebido estímulos para despertar ou aguçar a minha criatividade nas minhas representações artísticas.
No decorrer da minha escolarização o meu perfeccionismo, treinado com orgulho pelo meu pai, logo se transformou em frustração e um desejo enorme de poder fugir de as aulas de Arte, naquela época chamadas de Educação Artística. Eu estava na 2ª Série e foi solicitado que desenhássemos uma árvore, parece-me que era “Dia da Árvore” e eu querendo impressionar a professora desenhei uma árvore com o caule perfeitamente reto, pois eu o tinha feito usando a régua. Quando fui mostrar a professora acreditando que seria o trabalho mais bonito, uma vez que era o mais perfeito, ouvi ironias da professora perguntando aos meus colegas se em algum lugar eles tinham visto uma árvore com um caule extremamente reto, que eu não poderia ter feito o caule com régua, tinha que ser com traçado livre. A partir desse momento a minha autoestima nas representações artísticas sempre foi muito baixa, sempre vinha o temor que receberia novas críticas e, assim o meu enunciado poético, perdeu toda a magia e o encantamento pelas criações artísticas.
Ter tido a oportunidade de pensar sobre este assunto me oportunizou mudanças na minha maneira de conduzir as experiências com arte com os meus alunos, pois entendi que eu não poderia reproduzir a atitude da minha professora, já estava na hora de mudar esse resultado e então realizei várias atividades com os meus alunos da turma do estágio trazendo para eles a arte como algo prazeroso.
Acredito que isso sim é uma mudança de paradigma, ou seja, uma mudança nas minhas concepções a cerca da arte, porque hoje consigo ver a arte como uma manifestação do modo de pensar das pessoas sobre os fatos  que acontecem no seu cotidiano , sem a obrigatoriedade de serem bonitas, mas que consigam chamar a atenção para provocar a reflexão nas outras pessoas e estas possam definir pra si mesmas um novo conceito de "feio", "bonito", "alegre", "triste"; enfim, algo que possa ser significativo para elas.
Não existe regras, padrões definidos ou materiais obrigatórios e apenas o respeito a liberdade de expressão.
Afinal qual o problema em desenhar uma árvore com régua?
Atualmente não se fazem desenhos maravilhosos no software Minecraft?
Qual é o formato das árvores lá?
Eu estava muito a frente do meu tempo e a minha querida antiga professora é que não me entendeu.
Por tudo isso não quero limitar ou impedir a criatividade e as manifestações artísticas dos meus alunos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Música como recurso para a aprendizagem

Na interdisciplina a MÚSICA NA ESCOLA foram apresentadas algumas sugestões de atividades musicais para serem trabalhadas com os nossos alunos e eu pude ver na prática quão grande é a contribuição da música no aprendizado das crianças.

https://www.youtube.com/watch?v=lay210FRYPs

Neste ano que passou eu utilizei a "Dança das Caveiras" como complemento ao ensino das horas.
Além de motivador e atraente para os meus alunos todos aprenderam a ver as horas  em relógios analógicos, provando a importância do trabalho com a música na escola.
Essas músicas coreografadas oportunizam o conhecimento de rimas, a expressão corporal e a superação da timidez, além de auxiliar na memorização de conceitos.

"Fazemos música porque nos dá prazer. Tendemos a repetir tudo que nos dá prazer, está em nosso instinto primordial de sobrevivência."(Musicalidade Humana, Leda Maffioletti e Luciane Cuervo)



"Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos"

Parafraseando Paulo Freire após leituras em sua obra "Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente" a exigência do respeito aos saberes dos educandos é fundamental para a inserção do educando no ambiente escolar, não podemos desconsiderar a história e as vivências do indivíduo no período que antecede à escola ou os acontecimentos que ocorrem no turno inverso à escola. Essa história rica em experiências e aprendizados não pode ser desconectada do estudo, ao contrário precisa ser aproveitada, explorada, conhecida e aproveitada como ponto de partida para o planejamento pedagógico do professor.
O professor deve aproveitar e discutir esses saberes do cotidiano dos alunos e relacioná~los com os conteúdos escolares, contextualizando-os a vida em sociedade e desta forma trazendo significado para o aprendizado escolar.
É preciso respeitar os desejos e as curiosidades dos estudantes e dar espaço para as discussões coletivas, pois assim estaremos produzindo cidadão críticos e conscientes da realidade em que estão inseridos. A intimidação para que não ocorram discussões e contribuições dos estudantes por autoritarismo do professor fará com que os estudantes se tornem sujeitos passivos, submissos e resignados às condições e ao sistema que lhe oferecem, sem condições de oferecer resistência e proporem mudanças.
Embora a obra de Paulo Freire tenha sido publicada em 1996, ainda em 2019 permanece atual e necessária para a formação dos professores.
"Por que não aproveitar a experiência que tem os alunos em viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos,..."
Questões como esta presentes na obra de Paulo Freire, ainda podem ser trazidas às discussões nas salas de aula atuais, pois ainda estão carentes de respostas.
E ainda se contextualizarmos esse conteúdo aos noticiários atuais vamos percebendo que em alguns momentos as notícias que ouvimos são contrárias a essa ideia, existe uma corrente de pensamento querendo impedir essa geração escolar de conhecer todos os grupos sociais existentes,que até mesmo a legislação já reconhece. ou seja, parece um processo de retrocesso ao respeito aos saberes trazidos das vivências cotidianas para um reconhecimento apenas do saber escolar.
A escola precisa se subsidiar da Pedagogia da autonomia para formar cidadão críticos e autônomos na sua liberdade de pensar e se expressar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Brincar não é brincadeira não...

A interdisciplina Ludicidade e Educação nos provou o quanto o brincar é importante para o desenvolvimento na infância.
Não temos como contestar que o brincar contribui para o desenvolvimento social, emocional e intelectual da criança.
É através das brincadeiras que a criança tem a oportunidade de explorar e refletir sobre o meio ao qual pertence fazendo ensaios para sua vida adulta.
São essas primeiras experiências que lhe darão suporte para um desenvolvimento pleno e sadio a ser reproduzido na vida adulta.
As brincadeiras de faz-de-conta ou de imitação permitem a criança experimentar os papeis sociais e compreender o comportamento adulto. A criança experencia conflitos, medos e reações do mundo adulto, dando-lhe mais segurança na hora de demonstrar suas emoções e sentimentos.
A brincadeira não tem apenas o papel de diversão e sim um importante papel de formação, por isso, é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança nas relações humanas.
Brincar é tão necessário quanto a alimentação, vestimenta e o cuidado com a criança. Através das brincadeiras o cérebro molda-se para enfrentar desafios da vida adulta. Nas brincadeiras a criança pode despertar para sua inclinação profissional a partir das preferências por algumas brincadeiras.
Através das brincadeiras a criança explora o mundo, descobre possibilidades, desabrocha sentimentos e emoções, elabora a autonomia e exercita papeis sociais, articulando o cérebro para realizar aprendizagens.

TODA CRIANÇA TEM O DIREITO DE BRINCAR
(sétimo princípio da declaração universal dos direitos da criança, ONU 1959)

Desta forma, nos resta cumprir a lei e brincar com nossos alunos.



            LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)

Ter passado pela interdisciplina de LIBRAS me fez aprender o quanto eu ainda preciso aprender a respeito em formas conceituais do que é um surdo e de como lidar com o aluno surdo.
Sempre  que eu via, em espaços públicos, o intérprete de Língua de Sinais eu ficava maravilhada com os gestos e principalmente com a contribuição que aqueles gestos davam às pessoas que não ouviam e pensava, quando eu tiver uma oportunidade quero aprender LIBRAS para compreender o surdo e ajudar na intercomunicação.
Quando vi no currículo a interdisciplina, fiquei muito feliz pela oportunidade; no entanto, decorrido algum tempo de estudos eu percebi a tamanha dificuldade que era para o seu aprendizado e ao realizar as leituras descobri que eu literalmente não sabia nada. Eu conceituava de forma inadequada o surdo, acreditava que incluí-lo na sociedade de ouvintes seria benéfico, enfim eu estava totalmente enganada na minha forma de pensar e agir em relação ao surdo.
Também percebi o quanto é difícil o aprendizado da língua de sinais, o quão complexa  ela é para nós ouvintes e, muitas vezes, pensamos que tornar um indivíduo em um sujeito oralizado é algo bem simples, apenas questão de estímulos.
Nem sempre os questionamos se é isso que desejam, apenas queremos convencê-los de que o nosso grupo é melhor, não nos importamos com os seus anseios e suas lutas.
Ainda tenho a certeza que este é um longo caminho de aprendizado que eu tenho que percorrer para dizer que aprendi alguma coisa, entretanto, as leituras me deram mais segurança em entender que o surdo não necessariamente é mudo, que os tornamos mais felizes quando permitimos que ingressem na cultura dos ouvintes, o surdo quer ser respeitado na sua individualidade.
Nos temos que defender a inclusão do surdo nas sociedades oralizadas, mas permitindo que eles se expressem de acordo com os seus desejos.
A educação bilíngue deveria ser algo comum nos nossos currículos escolares, isso seria prova de respeito ao direito de todos.

"Para os surdos a língua de sinais e uma educação bilíngue são necessárias e fundamentais para dar continuidade ao processo linguístico, histórico, identitário e cultural desta comunidade."
(PONTIN, Bianca Ribeiro; ROSA, Emiliana Faria. Surdos. Texto da Apostila de Libras. UFRGS: 2014).

              Nós temos que aceitar as diferenças e não salientar as deficiências.




SINOS DE ANYA

Hoje quando eu passava pela interdisciplinas e revia os textos aos quais fomos apresentadas, passei por este filme intitulado Sinos de Anya da interdisciplina Fundamentos da Alfabetização, não resisti eu fui revê-lo, que filme maravilhoso, muito difícil traduzir em palavras os sentimentos que mexem conosco com este filme. Este filme que foi produzido apenas para a televisão americana não conseguiu ser indicado a nenhum Oscar, mas eu o indico a todos os indivíduos que possuem uma fração de sentimentos quando falamos de aprendizagem. 
Este filme provoca uma explosão de sentimentos de ternura, afeto, respeito ao outro e amizade. Prova para nós que nenhum ser humano é isento de habilidades ou aprendizagens e nenhum ser humano e tão soberbo que não precise aprender mais nada.
Cada personagem nos ensina algo: Anya embora tivesse uma cegueira física, emocionalmente enxerga muito mais do que qualquer um que apresente a mais perfeita visão. o entregador que não se alfabetizava na escola regular, mas com o método de Anya, aprendeu Braille. A mãe do menino que muito sofria pela distância de sua família que não lhe permitia demonstrar cumplicidade com o próprio filho e os avós que sofriam pela distância do neto,
Enfim, histórias de vida marcadas pelo sofrimento, mas no final eles nos mostram que o ser humano sempre é capaz de amar e ser amado, de compreender e ser compreendido, precisa encontrar o caminho e escutar o sininho do seu coração para poder dar tudo aquilo que gostaria de receber.
Muitas vezes, as pessoas gostariam de ser mais afetuosas e compreensivas, mas  falta-lhes oportunidade para exprimir tais sentimentos.
Acho que precisamos encontrar mais Anyas na vida que nos façam enxergar o real sentido do aprender e que nos deparemos com mais entregadores de esperança de que todos os nossos alunos são capazes de aprender, talvez nós tenhamos que mudar a nossa maneira de ensinar.
https://www.google.com/search?=filme+sinos+de+anya&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjs85OCqOTfAhXFhZAKHQ-CClMQ_AU

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

                            TRABALHAR COM LITERATURA INFANTIL

Trabalhar com Literatura Infantil não significa necessariamente trabalhar com livros ou textos escritos.
A literatura pode ser trabalhada através de várias formas de expressão e desta forma beneficiando às crianças que percebem a expressão oral e corporal nas atividades de rodas cantadas, de brincadeiras lúdicas ao ar livre, de observação de imagens e na audição de histórias.
Na literatura infantil percebemos histórias envolvidas por fantasia, personagens reais ou imaginários na forma de pessoas, seres míticos, plantas, animais ou objetos. Os personagens precisam ser envoltos num cenário, inseridos num tempo e comporem um enredo.
Os discursos apresentados nas histórias podem ser através de narrativas ou pelos próprios personagens que fazem parte da história.
Em caso de narrativas tem-se o narrador que nos apresenta a história informando as características e as ações dos personagens.
https://www.google.com/search?q=rodas+cantadas&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwil66DX6-HfAhWBh5AKHQ_QD0QQ_AUIDygC
https://www.google.com/search?

q=historia+infantil&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiZ9f_y7OHfAhWECpAKHcVqCwIQ_AUIDygC&biw=1366&bih=608#imgrc=6wlaOGFB1hQHZM:

https://www.google.com/search?biw=1366&bih=608&tbm=isch&sa=1&ei=coM2XMnTK8aFwgTxiaK4Ag&q=imagem+infantil&oq=imagem+infant


                                                     INFÂNCIA DE 0 A 10 ANOS

Esta fase cronológica de vida é a qual eu sempre atuei nos meus anos de Magistério e, incrivelmente como foi somente a partir das leituras da interdisciplina deste mesmo nome que pude fazer várias reflexões de como a criança é esteriotipada e muitas vezes, desrespeitada no seu direito de vivenciar a infância de forma adequada e saudável.
Muitas vezes não nos damos conta de como as embalagens de fraldas, artigo utilizado por todas as crianças, são imagens irreais e que espelham a realidade do biotipo infantil das crianças da sociedade. Nunca vemos imagens de crianças que não sejam brancas e de olhos claros. Aí nos perguntamos: Todas as crianças são assim?
Por que não vemos imagens de crianças negras?
E muitas outras questões nos levam a ver como a infância não tem recebido o tratamento correto, por exemplo a excessiva exposição de crianças em mídias sociais, representando um papel que ela nunca foi consultada se desejaria exercer.
As vezes passamos por estas cenas e também nos encantamos com este simbolismo de beleza, pureza e inocência (Infância Soft). sem perceber que esta imagem é criada para nos atrair e assim vender mais produtos que estão associados a imagem.
Precisamos ficar atentos a estes comportamentos e para poder dissolvê-los e não contribuir para que se proliferem.
Acredito que uma das mudanças significativas que eu levei para a minha atuação profissional foi a diminuição de fotos e exposições em mídias desnecessárias dos meus alunos. Percebi que muitas vezes eu me utilizava de fotos para mostrar o meu trabalho  e utilizava a imagem dos meus alunos. Atualmente eu sempre me questiono, as crianças precisam disso ou eu é que preciso?
Somente depois da minha reflexão sobre esse assunto é que faço ou não as imagens. Hoje não vejo mais uma imagem de criança com a ingenuidade que eu via em tempos atrás. as leituras da supracitada interdisciplina me fizeram perceber intensões indiretas de empresas ou grupos em  benefício próprio.
                     "FREUD EXPLICA"...

Certamente em algum momento todos nós já ouvimos a expressão "Freud explica" pela relevância que Freud ainda tem nos estudos da Psicanálise. Embora os estudos de Freud sejam datados de tempos antigos, atualmente ainda são utilizados para explicar o inconsciente humano.
No texto escrito por Adriana G. Ferrari sobre Psicanálise apresentado na interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I percebemos o quanto os estudos de Freud contribuíram para o crescimento e o aprimoramento das relações humanas mais saudáveis baseadas no estudo da mente e no respeito às diferenças nas formar de agir e se portar dos indivíduos e, para nós educadores que temos como ferramenta de trabalho a difícil missão de lidar com comportamentos tão distintos, os estudos freudianos nos informam que excessos nos castigos e curiosidades reprimidas das crianças em nossas salas de aulas podem levá-los a problemas psíquicos, aumentando o número de crianças que precisam ser levadas a  tratamentos em consultórios médicos.
As orientações de Freud baseavam-se em satisfazer a curiosidade dos nossos alunos e dar-lhes informações de acordo com a realidade.
Assim no que tange a Educação, a contribuição da psicanálise foi de nos mostrar a importância de dar atenção às necessidades que as crianças tem em cada fase de seu desenvolvimento e de detectar alguns problemas quanto à aprendizagem.
Um ponto significativo a destacar nos estudos da Psicanálise é a "Transferência".
A transferência consiste em transferir algum modelo de comportamento para alguém. Em alguns casos essa transferência é positiva ou negativa, mas um mecanismo muito importante para levar a cura do paciente e em termos de educação é importante que a criança identifique nos seus professores uma relação afetuosa, de carinho, de respeito e de atenção para que consiga transferir esses sentimentos positivos para sua vida.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

A IMPORTÂNCIA DA ATUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

Com esta turma que eu trabalhei no ano passado pude comprovar na prática a importância de estar revendo os conceitos e estar me atualizando.
Quando eu fiz a minha formação de Magistério, nos anos 80 não tive a oportunidade de conhecer a Psicogênese da Alfabetização trazida por Emilia Ferreiro. Conheci algumas metodologias para alfabetização, mas que de modo geral, propunham a segmentação das palavras em sílabas relacionando ao seu som, sem associações com o contexto da palavra e nem ao significado para a criança; métodos mecânicos que defendiam que pelas repetições sucessivas levariam a aprendizagem.
As leituras da interdisciplina Fundamentos da Alfabetização com a descrição da metodologia adotada por Emília Ferreiro com exemplos de cada fase, de cada processo da criança me permitiram entender melhor uma criança da minha turma que demorou muito para compreender a alfabetização. Somente ao final do ano ele estava  Alfabético.
Foi muito interessante para mim ir vendo o seu crescimento, no início do ano ele ainda não diferenciava letras de números e, pouco a pouco foi avançando e compreendeu a diferenciação de letras e números, identificou as letras do alfabeto individualmente e foi fazendo associações entre eles para formar palavras de sílabas simples e até pequenas frases.
Tenho a convicção que se eu me deparasse com essa situação anos atrás a minha primeira impressão era de que como a professora anterior não viu tamanha dificuldade? O que ela fez, que não se alfabetizou?
Enfim, com as leituras que fiz nesta interdisciplina pude ir vendo a evolução dele de uma fase para outra, provando a importância de estarmos sempre nos atualizando e buscando rever nossos conceitos, ou seja, precisamos estar sempre em busca de aprender a aprender.
No recorte abaixo do texto "Ver, criar e compreender sobre a psicogênese estudada por Emília Ferreiro" fica claro como podemos identificar os níveis que os nossos alunos se encontram e entender o seu processo de aprendizagem.

NOVAS REFLEXÕES...
Interessante esta ideia de rever semestres anteriores para fundamentar as reflexões atuais. Neste momento em que nos encontramos na reta final do curso é importante dar uma parada e fazer leituras de semestres anteriores e corroborar com experiências práticas para refutá-las ou reafirmá-las.
Ao repassar pelas disciplinas do início do curso não poderia deixar de lado a intrigante e pensante  interdisciplina CORPOREIDADE. Para uma professora como eu com praticamente trinta anos no exercício do Magistério, certamente as contribuições da interdisciplina me fizeram fazer reavaliações a cerca do meu trabalho.
Quando me deparei com o texto O QUE SIGNIFICA APRENDER de Kelso não consegui ficar imune a reflexão sobre o que significa aprender.



Embora eu tenha colhido aprendizados nestes quase trinta anos, certamente eu compreendo que ainda há muito por aprender. Os questionamentos são inevitáveis será que os meu alunos realmente aprenderam?
Enfim, aprendi que é necessário aprender a aprender constantemente e qualitativamente, não quantitativamente como se pensava em tempos anteriores. Kelso deixou claro que temos que mudar a maneira de como compreendemos o aprender.
Hoje acredito que o sinônimo para a aprendizagem é uma mudança no comportamento e na compreensão de que o indivíduo é um ser inteiro e não fracionado. Precisa aprender a pensar, escrever, calcular, refletir e se relacionar. Podemos perceber que houve aprendizagem quando notamos mudanças no comportamento e não apenas quando acumula novas informações.
Em 2018 tive uma experiência bem distinta com uma turma de 2º Ano do Ensino Fundamental onde tive que mudar varias vezes a minha postura para encontrar um equilíbrio na turma , provando para mim mesma que todos esses anos de experiência me trouxeram muitas informações, mas neste ano que passou eu realmente tive um aprendizado de como as crianças comportam-se diferente em cada ano. Não dá para pegar um diário antigo de outras turmas e reproduzí-lo no quadro para a turma atual, tem que refletir e buscar alternativas adequadas para cada turma, pois cada turma tem sua identidade própria e sua maneira de aprender e, cada um é um ser único na turma.
Então fica minha questão: será que aprendi?
Acho que sim, mas certamente, assim como a neurociência não encerrei meus estudos preciso estar lendo e pesquisando porque não sei tudo, tenho muito a aprender.